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Dilma viaja nesta quarta para sua 1ª participação no Fórum de Davos

De quarta-feira a sábado, a reunião anual do Fórum Econômico Mundial reúne em Davos (Suíça) cerca de 2.500 participantes, entre eles 40 chefes de Estado e inúmeros diretores de empresas multinacionais

22 jan 2014 - 07h01

De quarta-feira a sábado, a reunião anual do Fórum Econômico Mundial reúne em Davos (Suíça) cerca de 2.500 participantes, entre eles 40 chefes de Estado e inúmeros diretores de empresas multinacionais. A presidente brasileira Dilma Rousseff participará pela primeira vez do evento, com voo marcado de Natal para Zurique às 18h30 de hoje.

Uma das primeiras intervenções chave será, nesta quarta-feira à tarde, a do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, que há pouco mais de um ano estimula uma política destinada a combater a inflação e promover um crescimento robusto na terceira economia mundial.

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Na reunião, participarão quatro presidentes latino-americanos (México, Brasil, Colômbia e Panamá), que participarão em sessões centradas na luta anti-drogas, o futuro das economias emergentes e o acordo de associação transpacífico (TPP, em sua sigla em inglês), um ambicioso projeto regional de livre comércio.

O presidente mexicano Enrique Peña Nieto fará um discurso especial na quinta-feira, quando deve defender a reforma energética promulgada no mês passado, que abre o setor ao investimento privado. Na sexta-feira, será a vez de Dilma Rousseff. 

Dilma recusou o convite para participar da reunião de Davos de 2011, no começo de seu mandato, por motivos de agenda, e depois não voltou a analisar comparecer a essa reunião que cada ano reúne grandes empresários e chefes de Estado ao pés dos Alpes suíços.

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Na véspera, o fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, deu as boas-vindas aos líderes políticos e empresariais participantes. Pela primeira vez, foi lida uma mensagem do papa. Após o breve discurso de boas-vindas de Schwab, o cardeal Peter Turkson leu um discurso do papa Francisco, no qual alerta que, embora a economia moderna tenha feito grandes avanços em educação e saúde, "frequentemente envolveu uma ampla exclusão social".

O bispo de Roma pediu aos chefes de Estado e de governo e chefes de multinacionais presentes em Davos para promover "um enfoque inclusivo que leve em conta a dignidade de todas as pessoas e o bem comum", e defendeu um "renovado, profundo e amplo senso de responsabilidade por parte de todos". "O crescimento da igualdade, acrescentou, requer processos encaminhados a uma melhor distribuição da riqueza, a criação de fontes de emprego e uma promoção integral do pobre, que vai mais além da mentalidade de assistência".

Depois dessa mensagem, o Fórum Econômico Mundial premiou o tenor peruano Juan Diego Flórez com o Crystal Award, um prêmio aos artistas que contribuíram para melhorar o mundo. Flórez foi reconhecido por seu trabalho como fundador e incentivador da Sinfonia pelo Peru, um sistema de orquestras infantis e juvenis criado em 2011, dirigido a menores pobres e que já conta com 15 centros no país. Flórez, ao receber o prêmio, se disse "honrado e privilegiado". O tenor afirmou ter se inspirado no exemplo venezuelano de orquestras juvenis do maestro José Antonio Abreu.

"Fiquei muito impressionado pelo que vi. Vi crianças felizes e totalmente comprometidas com a música. E me dei conta de que a sociedade pode se transformar com o poder da música", explicou Flórez, que depois cantou em um show dirigido pelo grande diretor russo Valeri Guergiev. Também receberam o prêmio o ator norte-americano Matt Damon, co-fundador de Water.org, Lorin Maazel, diretor da Orquesta Filarmônica de Munique, que não pôde estar presente, e a artista visual iraniana Shirin Neshat.

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Fonte: Terra
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