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Entenda a difícil tarefa de gerir o seu próprio negócio

Como garantir a sobrevivência do seu negócio, dar longevidade a ele e fazer com que seja lucrativo

5 set 2022 - 03h10
Foto: Blake Wisz / Unsplash

A força do empreendedorismo no país e seu papel na geração de renda dos brasileiros é incontestável. Apenas em 2021, foram abertas cerca de 800 mil empresas de diversos portes, de um total de mais de 4 milhões (que incluem os microempreendedores individuais), em muitos casos como alternativa à falta de oportunidades de emprego ou como forma de melhorar a renda, e em outros, como projeto de vida, para colocar um sonho em pé, ou como um plano complementar ou alternativo. 

Seja qual for o motivo, a área de atividade ou o porte da empresa, há um desafio comum com o qual todo empreendedor se depara: como garantir a sobrevivência do seu negócio, dar longevidade a ele e fazer com que seja lucrativo e bem-sucedido.

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E são inúmeros os obstáculos no caminho do empreendedor, decorrentes não só do cenário interno, mas também do mercado internacional. A instabilidade do consumo, a alta acelerada dos preços e a carga tributária elevada e complexa são apenas os mais alardeados, fazendo com que muitas empresas não consigam levar o negócio adiante. 

Entre aquelas que iniciam atividades, quase 30% fecham no primeiro ano; 20%, no segundo, e cerca de 70% desaparecem em cinco anos, conforme dados do Sebrae. O segmento das empresas optantes pelo Simples Nacional – elas somam cerca de 5 milhões e são as que provavelmente mais empregam– é o que mais dificuldades enfrenta e precisa se preparar para assegurar uma boa gestão do negócio.

O que é uma boa administração?

São muitos os aspectos que demandam uma boa administração. E aí temos o papel dos sócios na gestão, a velocidade na entrega do produto como fator que pode ampliar o lucro, a necessidade de se ter um planejamento do negócio e um orçamento, além do gerenciamento do fluxo de caixa e a gestão de pessoas, incluindo o modelo home office.

São aspectos que impactam qualquer que seja o tamanho da empresa, fature ela R$ 1 milhão ou R$ 100 milhões, seja ela uma rede de lojas ou um escritório de advocacia, uma empresa de tecnologia ou um salão de cabeleireiro, uma revendedora de automóveis ou um restaurante.

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Os conceitos básicos sobre gestão aplicam-se a qualquer tipo de companhia, o que muda é apenas a complexidade, dependendo do tamanho e da atividade de cada uma, sendo que as pequenas são mais leves e flexíveis, portanto, mais fáceis de mudar de rumo. 

Contudo, há pontos fundamentais a todas, e que devem ser observados pelos empreendedores: ter uma equipe de primeira linha e sócios comprometidos com o negócio e sua perpetuação; manter o olho no cliente e atenção à gestão financeira; investir em tecnologia, inovação na forma de operar e na qualidade do produto a ser entregue, dos serviços ou dos manufaturados, além de dar atenção especial às pessoas, o mais valioso ativo da empresa.

A hora de fazer a “conta da padaria”

Mas como gerenciar tantos aspectos? O planejamento é fundamental, tenha o formato de um business plan ou até o caráter mais informal de uma “conta de padaria”, desde que se faça o cálculo de quanto o negócio pode render efetivamente, descontadas todas as despesas e considerando quanto é preciso vender a cada mês, ou mesmo por dia, para que as despesas sejam pagas e haja algum lucro. 

São muitos os casos de empreendedores que decidem abrir um negócio imaginando que ele se pagará, mas sem fazer a conta de quantos clientes deverão ser atendidos ou quantos produtos terão que vender para que a conta feche no final do mês  com o lucro desejado. 

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São vários os  casos de empresas que só se mantiveram em atividade por poucos meses, por falta de um planejamento e ou mesmo por não terem feito a tal “conta de padaria”.

Mesmo quando os negócios parecem bem, é preciso pensar em mudanças. Por isso, não é exagero dizer que o negócio deve ser repensado a cada três anos, inclusive avaliando-se a possibilidade de começar do zero, de achar novos caminhos para a empresa se manter ativa, rentável e valorizada. Isto pode exigir que se repense o business plan, os produtos, a visão de futuro, a relação com consumidores ou clientes e, também, o relacionamento com os funcionários. 

Então, se você é um empreendedor ou pensa em abrir seu próprio negócio, não esqueça: desenvolver uma gestão adequada pode ser a diferença entre o sucesso ou o fracasso.

(*) Antonio Lino Pinto é consultor, administrador e sócio da Viramundo Consultoria em Gestão, e autor do livro “Gestão para Empreendedores”.

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