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Dinheiro esquecido: R$ 7,5 bi ainda podem ser resgatados em sistema do Banco Central; veja como

Maior parte dos beneficiários têm valores de até R$ 10 esquecidos nas contas, mas 835.394 correntistas têm mais de R$ 1 mil a receber

8 dez 2023 - 09h25
(atualizado às 19h26)
BRASILIA DF 13 10 2020 ECONOMIA Real,dinheiro, moeda - mao contagem cedulas de real Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
BRASILIA DF 13 10 2020 ECONOMIA Real,dinheiro, moeda - mao contagem cedulas de real Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Estadão

O Banco Central (BC) informou na quinta-feira, 7, que cerca de R$ 7,5 bilhões ainda estão disponíveis para resgate no Sistema de Valores a Receber (SVR), de acordo com dados referentes a outubro. O serviço do Banco Central possibilita que pessoas físicas e jurídicas consultem se possuem algum dinheiro esquecido em bancos e outras instituições financeiras.

O BC afirma que, do valor total, cerca de R$ 6 bilhões estão disponíveis para 40,6 milhões de CPFs e cerca de R$ 1,5 bilhão, para 3 milhões de CNPJs. Até outubro, R$ 5,3 bilhões já haviam sido resgatados por meio do sistema.

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A maior parte dos beneficiários têm valores de até R$ 10 esquecidos nas contas, mas 835.394 correntistas têm mais de R$ 1 mil a receber. Veja o número de beneficiários por faixa de valor abaixo (o beneficiário com valores a receber em mais de uma faixa é contado mais de uma vez):

  • Entre R$ 0,00 e R$ 10,00: 31.390.932 beneficiários;
  • Entre R$ 10,01 e R$ 100,00: 12.813.948 beneficiários;
  • Entre R$ 100,01 e R$ 1.000,00: 4.806.330 beneficiários;
  • Acima de R$ 1.000,01: 835.394 beneficiários.

O Banco Central alerta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos e a população não deve fazer nenhum tipo de pagamento para ter acesso aos valores. O órgão também diz que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

Sistema Valores a Receber possibilita que pessoas físicas e jurídicas consultem se possuem algum dinheiro esquecido em instituições.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Estadão

"Somente a instituição que aparece no Sistema de Valores a Receber é que pode te contatar e ela NUNCA vai pedir sua senha. NÃO clique em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram", afirma.

Como consultar e resgatar

O único site onde é possível realizar a consulta do Sistema Valores a Receber e se informar sobre como solicitar o resgate do dinheiro, inclusive de pessoas falecidas, é o https://valoresareceber.bcb.gov.br.

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Para consultar se a pessoa ou empresa tem algum valor a receber, é preciso ter em mãos o CPF e a data de nascimento ou o CNPJ e a data de abertura da empresa. Se houver algum dinheiro a ser resgatado, é preciso fazer login na conta gov.br - para pessoa física, a conta gov.br precisa ser de nível prata ou ouro; para pessoa jurídica, precisa ter conta gov.br com o CNPJ vinculado (qualquer tipo de vínculo, exceto Colaborador).

Ao acessar o sistema, é preciso ler e aceitar o Termo de Ciência e o usuário poderá ver na tela:

  • O valor a receber;
  • O nome e os dados de contato da instituição que deve devolver o valor;
  • A origem (tipo) do valor a receber;
  • E mais informações sobre o valor a receber, quando for o caso.

Para solicitar o resgate dos valores pelo sistema do Banco Central, é preciso ter uma chave Pix cadastrada. Solicite o resgate e guarde o número de protocolo. Também é possível exibir e compartilhar o comprovante. Se não tiver uma chave Pix, o usuário precisará entrar em contato com a instituição para combinar a forma de recebimento - ou então criar uma chave Pix e depois retornar para fazer a solicitação.

No caso de resgate de valores de pessoa falecida, é preciso fazer login com a conta gov.br do usuário que está acessando o sistema, não a conta do falecido. É preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal para acessar os dados da pessoa falecida, além de ler e aceitar o Termo de Responsabilidade de consulta a dados de terceiros. Depois, o indivíduo deverá perguntar diretamente à instituição sobre a documentação que precisa apresentar para receber o valor da pessoa falecida.

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