Os saques de dinheiro esquecido pelos brasileiros em instituições financeiras da segunda fase de consultas do Sistema de Valores a Receber (SVR), do Banco Central, somam R$ 301 milhões. A cifra representa apenas 5% dos R$ 6 bilhões disponíveis para resgate pelo programa, relançado no dia 7 de março.
Foram feitas 4,3 mil solicitações de pessoas físicas e empresas para a devolução de quantias deixadas em bancos, segundo o último balanço do BC, que vai até esta quarta-feira, 15.
O maior valor sacado por pessoa física foi de R$ 749,5 mil; e por pessoa jurídica, R$ 252,3 mil. A maioria (62,5%), porém, tem menos de R$ 10 a receber.
Também foram feitas 1,3 milhão de consultas de dados de pessoas falecidas, por herdeiros e testamentários - uma novidade nesta nova fase do programa.
Para evitar golpes, o BC alerta que todos os serviços da plataforma são totalmente gratuitos e a que a população não deve fazer qualquer tipo de pagamento para ter acesso aos valores.
Como verificar se há valores a receber
Para avaliar se há valores a receber em instituições bancárias, basta acessar o site https://valoresareceber.bcb.gov.br, do Banco Central, e clicar em "Consulte se tem valores a receber". Insira os dados e clique em "Consultar".
Como resgatar o saldo
Após a consulta mostrar que há valores a receber, clique em "Acessar o SVR" e, se não houver fila de espera, você será direcionado para a página de login gov.br. Veja o que será necessário para o acesso:
- Para acessar os valores do usuário (pessoa física) ou de pessoas falecidas, a conta gov.br precisa ser de nível prata ou ouro. Caso a conta seja bronze, basta acessar o aplicativo gov.br, clicar em "aumentar nível" e fazer a validação
- Para acessar valores de pessoa jurídica, a conta gov.br precisa ter o CNPJ a ela vinculado (qualquer tipo de vínculo, exceto Colaborador)
O usuário terá 30 minutos dentro do sistema. Ele irá acessar a opção "Meus Valores a Receber". Depois, deve ler e aceitar o Termo de Ciência e verá na tela o valor a receber, o nome e os dados de contato da instituição que devolverá o valor e a origem (tipo) do valor.
O usuário deve clicar em "Solicitar por aqui" e selecionar uma chave Pix, caso em que a instituição devolverá o valor em até 12 dias úteis - não necessariamente via Pix (pode ser realizada TED ou DOC). É importante guardar o número de protocolo.
Caso não apareça a chave Pix disponível para seleção, é possível criar uma chave em uma instituição bancária e voltar ao sistema para tentar novamente solicitar o valor. Ou então, o usuário deverá entrar em contato diretamente com a instituição financeira por telefone ou e-mail informados ali para combinar a forma de devolução.
O 'dinheiro esquecido' devolvido vem de:
• contas-correntes ou poupanças encerradas e não sacadas;
• cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito previstas em termo de compromisso assinado com o BC;
• cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito;
• grupos de consórcio extintos;
• cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso;
• contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas e com saldo disponível;
• contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e de valores mobiliários;
• demais situações que resultem em valores a serem devolvidos reconhecidas pelas instituições financeiras.