É sempre importante reconhecer e destacar o papel cada vez mais significativo das mulheres no mercado financeiro, particularmente no setor de day trade. De acordo com dados recentes, as mulheres agora representam impressionantes 22,9% do total de investidores cadastrados, indicando um crescimento alto em sua participação nos últimos anos.
Segundo Bruno Lima, empreendedor, CEO e fundador do Método Nômade, que possibilita que os operadores realizem suas atividades de qualquer local, o ambiente tradicionalmente dominado por homens está testemunhando uma transição relevante à medida que mais mulheres entram no mundo do day trading.
"As mulheres estão mostrando um desempenho notável neste universo. Elas são mais disciplinadas do que os homens, dedicando mais tempo à atividade e combinando arrojo e cautela de maneira excepcional”, conta.
Ivanice Azevedo, 34 anos, natural do Maranhão, é um exemplo inspirador de como a determinação e o compromisso podem transformar vidas. De origem humilde, ela iniciou sua caminhada empreendedora como confeiteira. Hoje, soma 17 anos de casamento com Bruno e decidiu embarcar na jornada do day trade ao lado do parceiro.
“É importante ainda ressaltar que operar no mercado financeiro não deve ser uma atividade segmentada por gênero. Mulheres e homens podem ser igualmente bem-sucedidos, só precisam de oportunidades, aprendizagem e bons recursos à disposição”, diz ela.
Juntos, o casal fundou o Método Nômade, uma empresa que visa oferecer oportunidades de sucesso no mercado financeiro para todos. Ela é a co-fundadora da empresa em ascensão, gerenciando um time com mais de 12 pessoas presencialmente (além de 15 em home office) e atuando na área do planejamento e controle da execução dos trabalhos dentro do negócio.
Mulheres no mercado financeiro
Dentro do mercado financeiro, as mulheres enfrentam desafios como uma "minoria dentro de outra minoria", especialmente quando se trata de investimentos de risco. Embora representem uma parcela significativa dos investidores, elas tendem a adotar um perfil mais conservador em comparação com os homens.
Uma pesquisa conduzida pela fintech de saúde financeira Onze revelou que apenas 8,2% das investidoras afirmam realizar investimentos em ações, em contraste com os 19,3% dos homens.
“Essa disparidade destaca a necessidade de entender e abordar as barreiras que impedem as mulheres de se envolver mais ativamente em operações de risco no mercado financeiro, promovendo assim uma maior inclusão e diversidade neste setor”, explica Ivanice.
A flexibilidade de horário é um dos fatores que tem atraído as mulheres para o day trade. Ao contrário da maioria dos homens, muitas delas enfrentam múltiplas responsabilidades, incluindo atividades profissionais, cuidados familiares e tarefas domésticas.
Nesse contexto, o mercado financeiro oferece uma oportunidade para obterem uma fonte adicional de renda ao mesmo tempo que possuem uma agenda adaptável aos compromissos.
“Mas vamos além disso. Queremos que o day trade possa ser, de fato, base para a autonomia financeira dessas mulheres, trazendo maior equidade corporativa entre os gêneros”, conclui.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.