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Discussão sobre dividendos da Petrobras é "desnecessária", diz Haddad

"Diretoria vai prestar informações paro conselho. O conselho vai julgar à luz do que está planejado", disse o ministro

11 mar 2024 - 20h25
(atualizado em 10/4/2024 às 14h24)

Após uma longa reunião, envolvendo o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e o chefe da Petrobras, Jean Paul Prates, nesta segunda feira (11), o ministro da Economia, Fernando Haddad, afirmou que a discussão sobre o não pagamento dos dividendos extraordinários da empresa aos acionistas é "desnecessária".

Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Perfil Brasil

"Diretoria vai prestar informações paro conselho. O conselho vai julgar à luz do que está planejado", disse o ministro. Haddad também disse que "a distribuição dos lucros extraordinários serão feitos a medida que ficar claro para o conselho que isso não vai comprometer o plano de investimento da companhia".

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Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, também presente no encontro, afirmou, ao lado de Haddad, que "sabem que o governo é o controlador". "Questão da distribuição [dos dividendos] é dinâmica. [O dinheiro] foi para a conta de contingência. Governo do presidente Lula tem trabalhado com muito cuidado no respeito à governança da Petrobras", completou.

A reunião ocorreu após a decisão do Governo Federal de não pagar os dividendos extraordinários, que nada mais são uma parcela do lucro da empresa, fez com que a estatal perdesse R$ 55 bilhões no valor de mercado. Os investidores temem alguma interferência política que diminua a atratividade da empresa.

O economista do Observatório Social do Petróleo, Eric Gil Dantas, avaliou que a reação negativa do mercado é um movimento especulativo com objetivo de pressionar a empresa a pagar os dividendos de forma imediata.

"Há uma pressão para que a Petrobras pague ainda mais dividendos. Mesmo ela sendo a maior pagadora de dividendos do Brasil, o mercado sempre vai querer que a Petrobras pague mais, mesmo que isso prejudique o caixa da empresa", destacou.

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