A dívida pública federal brasileira cresceu 0,65% em setembro, para R$ 2,184 trilhõess, influenciada pela forte valorização da moeda norte-americana e por uma emissão externa soberana, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira.
De forma segmentada, a dívida pública mobiliária federal interna subiu 0,19% em setembro frente a agosto, atingindo R$ 2,079 trilhões.
Já a dívida externa teve maior crescimento em setembro, de 10,76%, influenciada pela valorização de mais de 9% da divisa norte-americana frente ao real no período e pela emissão do bônus Global 2015 de R$ 2,50 bilhões (ou US$ 1,05 bilhão). Com isso, o estoque da dívida externa passou a R$ 104,58 bilhões.
O Tesouro informou ainda que, no mês passado, as operações da dívida pública federal registraram resgate líquido de títulos de R$ 12,81 bilhões, resultado da emissão de R$ 45,18 bilhões e resgates de R$ 57,99 bilhões.
Os títulos prefixados representaram 41,84% do total da dívida em setembro, maior que os 40,74% no mês anterior e dentro da meta do governo para o ano (entre 40% e 44%).
Os papéis corrigidos pela inflação representaram 35,07% do estoque total em setembro, ante 34,81% em agosto. Para o fim do ano a meta é que fiquem entre 33% e 37%.
Já os títulos corrigidos pela Selic corresponderam a 18,36% do total do passivo, ante 20,21% em agosto. Para o término deste ano, a meta do governo é que fiquem entre 14% e 19%.
Os dados apresentados pelo Tesouro mostram ainda que em setembro, antes à decisão da disputa presidencial, os investidores estrangeiros aumentaram suas aplicações em títulos da dívida mobiliária interna a 19,32%, contra 18,80% verificada no mês anterior.
Após uma campanha marcada por acirrada disputa, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste domingo, gerando reação pessimista dos mercados, com o dólar acima de R$ 2,50 e a Bovespa caindo cerca de 3%.