A incorporação de juros combinada com emissão líquida de títulos federais elevou o estoque da dívida pública federal em 1,83% em maio, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira. No mês passado, a apropriação de juros foi de R$ 24,70 bilhões enquanto a emissão líquida de papéis somou R$ 13,11 bilhões. A soma desses dois fatores fez com que o estoque total da dívida subisse a R$ 2,496 trilhões, ante R$ 2,451 trilhões em abril.
Em maio, os títulos prefixados representaram 41,92% do total da dívida, acima dos 39,69% do mês anterior. A meta do governo para o ano é que esse patamar fique entre 40% e 44%.
Siga Terra Notícias no Twitter
O Tesouro informou ainda que os papéis corrigidos pela inflação representaram 32,85% da dívida em maio, ante 35,41% em abril. Para o fim do ano a meta é que fiquem entre 33% e 37%.
Já a parcela de títulos corrigidos pela Selic correspondeu a 20,21% da dívida, ante 20,09% em abril. Para o término deste ano, a meta do governo é que fiquem entre 17% e 22%.
O avanço da dívida em títulos federais este ano ocorre no momento em que há aperto da política monetária, com o Banco Central endurecendo o discurso e argumentando, conforme ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada no início deste mês, a necessidade de "determinação e perseverença" no combate à inflação.
O posicionamento mais forte levou parte dos economistas do mercado a considerar que a política de juros altos pode ser mais intensa do que o esperado.
Os dados apresentados pelo Tesouro mostram ainda que os investidores estrangeiros aumentaram suas aplicações em títulos da dívida mobiliária interna a 20,80%, frente a 20,49% verificada no mês anterior.