O estoque total da dívida pública federal, incluindo as dívidas interna e externa, teve alta de 2,38% em março sobre fevereiro, a R$ 2,887 trilhões, período em que o País voltou a fazer captações externas e beneficiado pelo mercado cambial.
A dívida externa, no período, recuou quase 6%, informou o Tesouro Nacional nesta segunda-feira, a R$ 133,19 bilhões, devido sobretudo à valorização do real frente às moedas que compõem o estoque do passivo. O dólar, por exemplo, caiu pouco mais de 10% sobre o real no período.
No mês passado, o governo captou US$ 1,5 bilhão de dólares, ou R$ 5,42 bilhões, por meio do Global 2026, novo título de referência.
O Tesouro informou ainda que a dívida pública mobiliária federal interna subiu 2,81% em março sobre o mês anterior, somando R$ 2,754 trilhões. A emissão líquida somou R$ 45,03 bilhões no mês passado, com apropriação positiva de juros de R$ 30,25 bilhões.
Para 2016, o Tesouro fixou a dívida total entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões, segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF).
Em relação à composição da dívida pública federal, os títulos atrelados à Selic reduziram seu peso, passando a 24,92% no mês passado, sobre 25,09% em fevereiro.
No ano, o Tesouro estima que essa fatia ficará em 30% a 34% da dívida, já que esses papéis pós-fixados têm maior procura pelos investidores em momentos de percepção de aumento de risco.
Os títulos prefixados passaram a 37,17% em março, contra 36,56% no mês anterior, ao passo que os papéis corrigidos pela inflação foram a 33,08%, sobre 33,05%.
Em março, a parcela dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna caiu a 16,73%, contra 17,72% em fevereiro.