Uma pesquisa realizada pelo Datafolha apontou que 2 em cada 3 brasileiros com mais de 18 anos são contra as apostas esportivas na internet, as bets. O levantamento foi feito com base em 1.935 entrevistas que foram realizadas presencialmente em 113 municípios de todas as regiões do País. As informações são da Folha de S.Paulo.
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Quando foi perguntado sobre os jogos de caça-níquel online, como “jogo do tigrinho”, o número de respostas que defendem a proibição subiu para 78%.
Segundo a pesquisa, a rejeição das bets é maior entre mulheres: 68% contra 61% dos homens. A pesquisa também avaliou sob a perspectiva religiosa dos entrevistados. Os evangélicos registram porcentual de 66% contra as bets, e os católicos ficaram na faixa dos 63%.
A faixa etária também foi analisada. Dentro do grupo de 18 a 24 anos, em que o jogo é mais popular, 37% são contrários à proibição da prática. O porcentual cai para 19% quando os entrevistados têm mais de 60 anos.
A percepção dos entrevistados acerca dos jogos também foi abordada pelo Datafolha:
- 54% consideram que apostar é um vício
- 30% acreditam ser perda de dinheiro
Entre os 15% restantes que têm uma visão positiva a respeito dos jogos, 9% classificam como diversão, 3% como fonte de renda e 2% como investimento financeiro.
Regularização dos jogos
As apostas foram regularizadas em dezembro de 2018, no último mês de governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Mais tarde, em 2023, os caça-níqueis virtuais foram incluídos no regramento do Congresso.
A partir de janeiro de 2025, a atividade será regulada. A mudança ocorre após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chancelar a regularidade por meio de portaria baixada em junho deste ano.
No entanto, o debate ainda não acabou, e o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que levaria o mérito ao plenário no próximo ano. Além disso, em setembro deste ano, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) pediu ao STF a inconstitucionalidade da regulação das apostas com o argumento de que elas ameaçam a saúde pública e a economia popular.