O dólar, que já se valorizou mais de 20% em 2020 e, na segunda-feira, 16, fechou, pela primeira vez na história, acima de R$ 5, cotado a R$ 5,05, abriu as negociações desta terça-feira, 17, a R$ 5,04, um leve recuo de cerca de 0,08% em relação ao dia anterior.
Os mercados internacionais, neste momento, atuam em cenário de pânico global, provocado, principalmente, pelas incertezas causadas pelo novo coronavírus, causador da Covid-19.
Como os investidores não sabem quais serão, efetivamente, os impactos totais da pandemia, já que estamos vendo ainda o início de todo o processo, há uma apreensão generalizada, mesmo com medidas de estímulos sendo tomadas por bancos centrais de todo o mundo. O Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês), banco central americano, por exemplo, baixou a taxa básica de juros dos Estados Unidos para a faixa entre 0,25% e 0%, o que não acontecia desde 2008, época da bolha do mercado imobiliário americano. Isso serviria, entre outras coisas, para baratear o custo de tomada de crédito, o que deveria animar os empresários. Mas o que os mercados viram na segunda foi um outro tombo nos pregões mundiais.
Bolsas da Europa e Américas fecharam em queda na segunda. Nesta terça, a Europa abriu com uma leve tendência de recuperação, mas logo em seguida "inverteu o sinal" e passou a cair de forma generalizada. Nos EUA, os mercados futuros, antes da abertura, operam em alta, ensaiando uma recuperação da maior queda dos índices de Wall Street desde 1987, e, no Brasil, a tendência é que este "sobe e desce" se mantenha. O Ibovespa fechou a segunda com pouco mais de 71 mil pontos, em uma queda de 13,9%.
Por aqui, o investidor vai avaliar o pacote fiscal de R$ 147 bilhões anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na noite de segunda, em meio a expectativas de um eventual corte da Selic qualquer momento pelo Copom, que reúne-se nesta terça e na próxima quarta-feira, 18. Também são esperadas novas ações setoriais de estímulo e possíveis contingenciamento do Orçamento e aumento da meta fiscal em estudo pelo Ministério da Economia.