O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, com a baixa liquidez no Brasil intensificando o viés de queda da moeda americana visto em outros mercados em meio ao otimismo sobre a recuperação da economia global.
A moeda americana recuou 0,42%, a R$ 2,2146 na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de apenas US$ 650 milhões, bem menor do que a média diária de junho, de US$ 1,3 bilhão.
Esta sessão terminou às 13h em função do jogo da seleção brasileira contra a Alemanha pelas semifinais das Copas do Mundo. Além disso, o baixo volume vai continuar na quarta-feira devido ao feriado em São Paulo.
"Por falta de liquidez, alguns fatores que poderiam gerar movimentos pequenos acabam mexendo de forma mais forte com o dólar aqui no Brasil", explicou o operador da corretora Intercam Glauber Romano. "A gente tem visto maior apetite por ativos emergentes nesses últimos dias e parece que isso continua hoje", acrescentou ele.
No início deste tarde, o dólar recuava contra moedas como o peso mexicano, o rand sul-africano e a lira turca, refletindo a retomada do apetite por risco nos mercados internacionais, alimentado na semana passada por números positivos sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.
Embora também tenham levantado dúvidas sobre a possibilidade de os juros subirem mais cedo do que o esperado no país - o que poderia atrair recursos atualmente aplicados em outros mercados, como o Brasil -, ativos financeiros emergentes têm mostrado bom desempenho desde então. Os operadores aguardavam agora a divulgação da ata da reunião do Federal Reserve, banco central americano, no dia seguinte, em busca de mais pistas sobre a política monetária do país.
No Brasil, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 2 mil contratos para 2 de fevereiro e 2 mil para 1º de junho de 2015, com volume equivalente a US$ 198,6 milhões.
Em seguida, vendeu a oferta total de até 7 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Ao todo, o BC já rolou pouco menos de 15% do lote total, que corresponde a US$ 9,457 bilhões.