O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira, com investidores ainda animados pelas notícias sobre os integrantes da futura equipe econômica da presidente Dilma Rousseff.
A moeda americana caiu 0,47%, a R$ 2,5367 na venda, após fechar em alta na sessão anterior, a quase R$ 2,55. Na mínima, chegou a cair mais de 1%, a R$ 2,5180. De acordo com os dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão (aproximadamente R$ 3,3 bilhões).
A equipe econômica deve ser composta por Joaquim Levy, Nelson Barbosa e Alexandre Tombini no comando do Ministério da Fazenda, do Planejamento e do Banco Central. O trio agradou o mercado porque indicaria que Dilma reconhece a necessidade de mudança na política econômica, criticada por gerar inflação alta e crescimento baixo.
"O mercado continua de bom humor. A trinca (da equipe econômica) deu uma boa acalmada no pessimismo", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
Segundo ele, o que vai definir se o dólar consegue sustentar a trajetória de queda para baixo de R$ 2,50 será o discurso das autoridades após o anúncio da futura equipe econômica. "O mercado quer ver sinais de que eles vão ter independência", acrescentou.
Uma fonte do governo afirmou à Reuters que Dilma fará o anúncio oficial na quinta-feira, com Levy assumindo o Ministério da Fazenda já na segunda-feira.
Bom humor e cautela
Operadores acreditam que o dólar pode caminhar um pouco mais para baixo até lá, mas não descartam a possibilidade de movimentos de ajuste ou realização de lucros. Na véspera, o dólar foi a 2,50 reais logo após a abertura, mas reverteu as perdas e firmou-se em alta durante o resto da sessão.
"É um bom humor que não está baseado em fundamentos, está baseado em expectativas. Então qualquer susto pode fazer o mercado realizar", disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.
Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelo programa de intervenções diárias. Foram vendidos 2,5 mil contratos para 1º de junho e 1,5 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197,4 milhões de dólares.
O BC também vendeu nesta sessão a oferta integral de até 14 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro, equivalentes a 9,831 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 82 por cento do lote total.
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