O dólar fechou em queda de quase 2% ante o real nesta terça-feira, acompanhando o movimento visto no cenário externo, onde dados ainda mostram uma recuperação lenta da economia dos Estados Unidos.
O câmbio também foi influenciado, em menor escala, pelo otimismo após a definição de data para divulgação do balanço da Petrobras.
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A moeda americana caiu 1,97%, a R$ 3,0630 na venda, anulando a alta da véspera, quando subiu 1,74%.
Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 988 milhões.
No exterior, o Departamento de Comércio dos EUA divulgou pela manhã o dado sobre vendas do varejo no país em março, mostrando o primeiro crescimento desde o fim do ano passado e a maior alta em um ano. No entanto, o dado ficou um pouco abaixo do esperado pelo mercado.
Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou a sua projeção para o crescimento da economia americana este ano e para 2016, ao mesmo tempo em que manteve a estimativa para a expansão global em 2015 e elevou a previsão para 2016.
Os dados desta terça reforçam a possibilidade de que o Federal Reserve, banco central americano, pode esperar um pouco mais para começar a normalização da política monetária nos EUA.
"Tem prevalecido a visão de que o Fed não deve ter pressa em alterar os juros lá", disse o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria.
Em relação a uma cesta de moedas, o dólar tinha queda de cerca de 0,7%.
Do lado interno, ajudou a derrubar o dólar a divulgação na véspera de que o Conselho de Administração da Petrobras vai se reunir em 22 de abril para apreciar as demonstrações contábeis auditadas do 3º trimestre de 2014, e que espera divulgá-las após a decisão do Conselho.
A publicação das demonstrações auditadas pela petroleira está atrasada devido às dificuldades da empresa em calcular as perdas contábeis relativas às irregularidades apontadas pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, que apura um esquema de corrupção envolvendo a estatal.
"O mercado hoje está seguindo o exterior e devolvendo ganhos de ontem... Aqui, a notícia de que a Petrobras vai divulgar o balanço também está ajudando", disse mais cedo o gerente de câmbio da Correparti João Paulo De Gracia Correa.
Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 45% do lote total.