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Dólar cai ante real após seis altas, em linha com exterior

Dólar caiu 0,55%, a R$ 2,5493 na venda, depois de recuar a R$ 2,5313 na mínima do dia, queda de mais de 1%

10 nov 2014 - 17h41
Funcionário de casa de câmbio conta notas de dólares em Manila. 19/09/2013
Funcionário de casa de câmbio conta notas de dólares em Manila. 19/09/2013
Foto: Romeo Ranoco / Reuters

O dólar fechou em queda ante o real nesta segunda-feira, interrompendo sequência de seis altas consecutivas, em um movimento de ajuste técnico, na esteira da menor aversão ao risco nos mercados externos.

No cenário doméstico, investidores continuaram no aguardo do anúncio do próximo ministro da Fazenda e de mais sinais sobre como será a política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

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O dólar caiu 0,55%, a R$ 2,5493 na venda, depois de recuar a R$ 2,5313 na mínima do dia, queda de mais de 1%. Nas seis sessões anteriores, a divisa acumulou avanço de 6,46%.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 780 milhões.

"O dólar tem sido muito pressionado nas últimas semanas e hoje, com a agenda fraca, está dando um respiro e seguindo lá fora", disse o superintendente de câmbio da corretora TOV Reginaldo Siaca.

Dados divulgados na sexta-feira mostraram que a economia dos Estados Unidos gerou postos de trabalho em ritmo razoavelmente rápido em outubro, mas o crescimento dos salários continuou fraco, o que sugere que o Federal Reserve, banco central dos EUA, não terá pressa em começar a elevar as taxas de juros.

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A perspectiva de que os juros norte-americanos continuarão quase zerados fez o dólar a se enfraquecer contra as principais moedas durante a manhã, levando o real às mínimas da sessão. Durante a tarde, o movimento perdeu força, com a moeda norte-americana passando a subir em relação a moedas como o euro e reduzindo a queda no Brasil.

Ainda assim, investidores aproveitaram o marasmo para liquidar posições, após fortes altas recentes motivadas por incertezas sobre a política econômica brasileira. O mercado quer, sobretudo, ver sinais de mudança na política fiscal brasileira, criticada por ser excessivamente expansionista e pouco transparente, e por isso a expectativa em relação ao novo ministro da Fazenda.

"O mercado está sem liquidez, está um pouco travado. Até sabermos a equipe econômica, não dá para saber muito bem o que vai acontecer", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 2,2 mil contratos para 1º de junho e 1,8 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,4 milhões.

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O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 9 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 22% do lote total, equivalente a US$ 9,831 bilhões.

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