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Dólar cai ante real enquanto ministros discutem corte de gastos em Brasília

O dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,62%, cotado a 5,7472 reais. No ano, porém, a divisa acumula alta de 18,46%

5 nov 2024 - 17h12
(atualizado às 18h03)
Notas de dólar
12/02/2018. REUTERS/Jose Luis Gonzalez/Illustration/File Photo
Notas de dólar 12/02/2018. REUTERS/Jose Luis Gonzalez/Illustration/File Photo
Foto: Reuters

O dólar se firmou em baixa no Brasil durante a tarde desta terça-feira, após o governo antecipar um encontro de ministros em Brasília para discutir medidas na área fiscal, em um dia de cautela nos mercados globais com a eleição presidencial nos Estados Unidos.

O dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,62%, cotado a 5,7472 reais. No ano, porém, a divisa acumula alta de 18,46%.

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Às 17h13, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,77%, a 5,7605 reais na venda.

No início do dia a moeda norte-americana chegou a subir ante o real, para acima de 5,80, se recuperando após o forte recuo da véspera.

Mas a divisa retornou para perto da estabilidade ainda pela manhã, com investidores de olho nas eleições norte-americanas e em Brasília, onde o governo segue discutindo medidas na área fiscal.

O cenário mudou no início da tarde quando surgiu a informação de que uma reunião na Casa Civil do governo em Brasília, para discutir cortes de gastos, havia sido antecipada das 16h para as 14h10. O encontro reuniu o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, e o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

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Embora a Casa Civil tenha informado que não haveria entrevista no fim do encontro, o mercado gostou da antecipação.

"Houve uma mudança brusca (no dólar) porque a reunião prevista para as 16h foi antecipada", comentou durante a tarde Lucélia Freitas Aguiar, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

"Os investidores aguardam com grande expectativa (o anúncio), para verificar onde haverá cortes. Quando surge algo, o pessoal se agarra e isso pega bastante nos preços", acrescentou.

Assim, após ter atingido a cotação máxima de 5,8061 reais (+0,39%) às 9h33, o dólar à vista marcou a mínima de 5,7415 reais (-0,72%) às 15h16 -- quando os ministros seguiam reunidos no Planalto discutindo a contenção de gastos.

No exterior, o dólar também recuava ante a maior parte das demais divisas no fim da tarde, em meio ao cenário eleitoral ainda nebuloso nos EUA.

As apostas de eventual vitória do republicano Donald Trump sobre a democrata Kamala Harris voltaram a afetar boa parte dos mercados nesta terça-feira, após na véspera a expectativa de vitória dela ter ganhado força a partir de uma pesquisa eleitoral no Estado de Iowa, que mostrou vantagem para a vice-presidente.

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Em tese, eventual vitória de Trump seria desfavorável a moedas como o peso mexicano, mas a divisa do México, assim como o real, se fortalecia no fim da tarde ante o dólar.

Às 17h12, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,48%, a 103,430.

No fim da manhã o BC vendeu 14.000 contratos de swap cambial tradicional em leilão para rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.

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