O dólar fechou em queda de quase 1 por cento ante o real nesta quarta-feira, acompanhando o cenário externo, após a produção industrial dos Estados Unidos mostrar forte queda e o relatório do Federal Reserve não trazer indícios de aceleração do crescimento norte-americano.
A moeda norte-americana, que chegou a subir no começo dos negócios ante a moeda brasileira, terminou o dia em baixa de 0,94 por cento, a 3,0343 reais na venda.
Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de 1,2 bilhão de dólares.
A produção industrial nos EUA caiu 0,6 por cento em março, a maior queda desde agosto de 2012 e pior do que a expectativa de economistas, de recuo de 0,3 por cento, pressionada por uma retração na produção em mineração e concessionárias de serviços públicos.
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O relatório do Fed conhecido como Livro Bege informou que a atividade econômica dos EUA continuou a expandir de meados de fevereiro até o fim de março, mas um dólar forte e a queda nos preços do petróleo prejudicaram o setor industrial.
"O Livro Bege não trouxe informação de melhora na economia e a produção industrial (dos EUA) teve uma queda maior que o esperado, então investidores estão apostando que o Fed vai postergar a alta de juros por lá", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
No exterior, o dólar caía 0,40 por cento frente a uma cesta de moedas pouco antes das 17h30.
No lado doméstico, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,36 por cento em fevereiro na comparação com janeiro, segundo dados dessazonalizados. O número contrariou a estimativa de queda de 0,20 por cento.
Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a 10,115 bilhões de dólares. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 51 por cento do lote total.