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Dólar fecha em alta a R$2,94 e encerra sessões em queda

No exterior, o dólar mantinha a tendência de baixa, caindo cerca de 0,6% em relação a uma cesta de moedas

28 abr 2015 - 18h21

O dólar fechou em alta nesta terça-feira (28), invertendo a queda vista mais cedo, em um movimento de correção após ter alcançado a menor cotação em quase dois meses no intradia. 

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Aumentaram as apostas nas mesas de câmbio de que o Fed vai adiar o início do processo de elevação da taxa de juros
Aumentaram as apostas nas mesas de câmbio de que o Fed vai adiar o início do processo de elevação da taxa de juros
Foto: Shutterstock

A moeda americana encerrou a R$ 2,9422 na venda, em alta de 0,7%, após operar em queda durante a maior parte do dia. Na mínima da sessão, o dólar rompeu o piso de R$ 2,90 e chegou a R$ 2,8808, menor cotação intradia desde 2 de março. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,5 bilhão (aproximadamente R$ 4,3 bilhões).

"Aqui, o movimento (de queda do dólar) foi muito rápido e quando caiu abaixo de R$ 2,90 chamou compras", disse o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto. A moeda americana vinha sendo negociada acima dos R$ 3 desde o início de março e voltou a fechar abaixo desse patamar em 23 de abril, onde se mantém desde então.

No exterior, o dólar mantinha a tendência de baixa, caindo cerca de 0,6% em relação a uma cesta de moedas, com investidores à espera da reunião de dois dias do banco central dos EUA, o Federal Reserve, que começa nesta terça-feira, e dos dados do primeiro trimestre do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, na quarta-feira (29).

Com os dados recentes mais fracos da economia americana, aumentaram as apostas de que o Fed vai adiar o início do processo de elevação da taxa de juros. 

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Taxa Selic

No Brasil, o mercado aguarda a reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom), que termina na quarta-feira e trará a definição da taxa básica de juros. A expectativa, segundo pesquisa Reuters, é que a Selic seja elevada em 0,50 ponto percentual, a 13,25% ao ano. As altas taxas de juros no Brasil, aliadas à expectativa de demora no início da elevação dos juros nos EUA, atraem a entrada de investimento estrangeiro, o que também ajuda na queda do dólar.

"A questão agora é até quando vai o atual ciclo de aperto monetário (no Brasil), que também traz uma enxurrada de dólar pelo atrativo da taxa de juros", disse o operador de câmbio de uma corretora de São Paulo, que falou sob condição de anonimato.

Com a recente desvalorização da moeda mericana e a proximidade do fim do mês, o mercado aguarda a divulgação do Banco Central sobre a continuidade do programa de rolagem dos contratos de swap cambial. O BC não renovou o programa de oferta diária de swaps cambiais que venceu no dia 31 de março, mas se comprometeu a renovar integralmente os contratos que venceriam a partir de 1º de maio.

"Mas com o dólar no patamar que está, o BC pode começar a diminuir o percentual da rolagem", disse o gerente de câmbio da Correparti, João Paulo De Gracia Correa.

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Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 92%do lote total.

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