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Dólar fecha em leva alta, aos R$6,06, com investidores à espera da posse de Trump

Moeda norte-americana encerrou o dia em leve alta de 0,16%. Na semana, porém, a moeda acumulou baixa de 0,62%

17 jan 2025 - 17h15
(atualizado às 17h36)
Pela manhã o dólar registrou volatilidade maior ante o real, com investidores se preparando para a posse de Trump
Pela manhã o dólar registrou volatilidade maior ante o real, com investidores se preparando para a posse de Trump
Foto: Reuters

SÃO PAULO (Reuters) -Em sessão marcada pela expectativa antes da posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o dólar oscilou entre altas e baixas nesta sexta-feira e encerrou o dia próximo da estabilidade, na faixa dos 6,06 reais, ainda que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha defendido que a divisa esteja "cara" para os fundamentos do país.

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,16%, aos 6,0650 reais. Na semana, porém, a moeda acumulou baixa de 0,62%. Às 17h09, na B3, o dólar para fevereiro -- atualmente o mais líquido -- subia 0,16%, aos 6,0770 reais.

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Pela manhã o dólar registrou volatilidade maior ante o real, com investidores se preparando para a posse de Trump, na segunda-feira, e repercutindo alguns números da economia chinesa e dos EUA.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 5,4% no quarto trimestre de 2024, ante o mesmo período do ano anterior, superando a projeção de 5,0% em pesquisa da Reuters. No acumulado do ano passado, o crescimento chinês atingiu a meta de 5% do governo.

Nos EUA, a produção manufatureira aumentou 0,6% em dezembro, após ganho revisado para cima de 0,4% em novembro, informou o Federal Reserve durante a manhã. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,2%, após alta de 0,2% relatada anteriormente.

Neste cenário, o dólar à vista oscilou entre a cotação mínima de 6,0278 reais (-0,45%), às 9h13, e a máxima de 6,0912 reais (+0,60%), às 11h01.

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Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram, no entanto, que não havia gatilhos fortes para o dólar se firmar em nenhuma direção. Durante a tarde isso ficou ainda mais claro, quando as cotações se mantiveram próximas da estabilidade e a liquidez foi reduzida, com boa parte dos agentes apenas esperando a sexta-feira terminar.

Embora a segunda-feira possa ser importante para os ativos globais, em função da posse de Trump, o dia também será coincidentemente de feriado nos Estados Unidos (Dia de Martin Luther King), o que manterá a bolsa norte-americana fechada, reduzindo a liquidez também nos mercados de câmbio em todo o mundo.

Entre os agentes do mercado, uma das avaliações é de que, dependendo das medidas a serem adotadas no início do governo Trump -- se mais ou menos inflacionárias para os Estados Unidos --, os Treasuries tendem a passar por ajustes mais fortes, assim como o dólar, com reflexos também para as cotações no Brasil.

Durante a tarde desta sexta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pontuou durante entrevista à CNN Brasil que a cotação do dólar depende de algumas variáveis -- inclusive da geopolítica internacional -- que não estão sob o controle do governo.

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Ao mesmo tempo, defendeu que um dólar acima de 6,00 reais é caro, considerando os fundamentos do país.

"Se eu dissesse que hoje eu compraria o dólar a 6 reais? Não, eu não compraria acima de 5,70 reais", afirmou o ministro. "Na minha opinião, qualquer coisa acima de 5,70 é caro para os fundamentos da economia brasileira hoje."

Às 17h12, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,35%, a 109,350.

(Edição de Pedro Fonseca)

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