O dólar fechou quase estável ante o real nesta segunda-feira em uma sessão volátil do pregão, ainda reagindo às incertezas sobre o futuro da política econômica.
No entanto, a pressão foi compensada com os rumores de que o próximo ministro da Fazenda teria um perfil que agrada mais o mercado.
A moeda dos Estados Unidos teve uma leve variação positiva de 0,02%, a R$ 2,6013 na venda, ainda na maior alta da divisa desde abril de 2005. Nesta sessão, o dólar foi negociado a R$ 2,6201 na máxima e R$ 2,5808 na mínima. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,4 bilhão (aproximadamente R$ 3,64 bilhões).
O quadro doméstico de incertezas levou a moeda americana a subir em 10 das 11 sessões passadas e renovar as máximas em quase uma década, o que, segundo analistas, abriu espaço para ajustes neste pregão.
"Essa incerteza sobre o ministro (da Fazenda) está deixando o mercado tão sensível quanto estava na época das pesquisas eleitorais", disse Marcos Trabbold, operador de câmbio da corretora B&T .
Equipe Econômica
Diversos rumores sobre a equipe econômica têm circulado nas mesas de câmbio nas últimas sessões.
Segundo operadores, os boatos desta manhã não citavam nomes, apenas expectativas de que o próximo ministro da Fazenda, que substituirá Guido Mantega, teria uma posição mais pró-mercado.
Os nomes mais cotados nos últimos dias para o posto eram o ex-secretário-executivo da pasta Nelson Barbosa; o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles - o favorito do mercado financeiro -; e o atual presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini.
"O cenário interno definitivamente não está favorável. Temos muita indefinição, sobre a equipe econômica, Petrobras, política econômica. Nesse contexto, o investidor não se arrisca", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, referindo-se aos desdobramentos da operação Lava Jato da Polícia Federal e à suspensão da divulgação do balanço da petrolífera.
Oferta de dólares
O avanço recente da moeda americana levou o BC a aumentar a oferta de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, na rolagem dos contratos que vencem em dezembro.
O BC vendeu nesta sessão a oferta integral de até 14 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro, equivalentes a US$ 9,831 bilhões, mais do que os 9 mil que vinha ofertando até então.
Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 47% do lote total. Mais cedo, o BC também vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas atuações diárias, com volume correspondente a US$ 197,4 milhões.
Foram vendidos 3 mil contratos para 1º de junho e 1 mil para 1º de setembro de 2015.
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