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Dólar fecha perto de R$ 2,70, maior nível em quase dez anos

15 dez 2014 - 19h17
<p>Medida do Fed, de encerrar o programa de injeção de dólares na economia mundial, ajudou a elevar a moeda americana</p>
Medida do Fed, de encerrar o programa de injeção de dólares na economia mundial, ajudou a elevar a moeda americana
Foto: Getty Images

Uma semana após ultrapassar R$ 2,60, a moeda norte-americana encosta em R$ 2,70. O dólar comercial encerrou a segunda-feira (15) vendido a R$ 2,685, com alta de R$ 0,034 (1,29%). O valor é o mais alto desde 29 de março de 2005, quando a cotação tinha fechado em R$ 2,702.

O dia foi marcado pela volatilidade no mercado financeiro. Durante toda a sessão, a moeda operou em alta, mas o movimento se intensificou por volta das 12h30. Na máxima do dia, por volta das 15h, a moeda chegou a atingir R$ 2,695. O dólar acumula alta de 4,42% em dezembro e de 13,9% no ano.

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Desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o dólar registra grande volatilidade. A cotação não caiu mesmo após a confirmação da nova equipe econômica, com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central.

A instabilidade é agravada pelo cenário externo, principalmente depois que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, encerrou o programa de injeção de dólares na economia mundial, motivado pela recuperação do emprego nos Estados Unidos.

O dólar não tem caído apesar de o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) ter aumentado a taxa Selic (juros básicos da economia) para 11,75% ao ano. Em tese, os juros domésticos mais altos ajudam a derrubar o dólar, porque ampliam a diferença das taxas brasileiras em relação às dos Estados Unidos, tornando o Brasil mais atrativo para aplicadores internacionais.

O dia também foi de turbulência na Bolsa de Valores. O Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou a sessão com queda de 2,05%, no menor nível desde março deste ano. As ações da Petrobras, as mais negociadas, caíram 9,2% depois que a estatal voltou a adiar a divulgação do balanço do terceiro trimestre.

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Agência Brasil
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