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Dólar fecha quase estável ante real apesar de impulso externo

17 out 2024 - 17h08
(atualizado às 17h24)

Após oscilar em margens estreitas durante o dia, o dólar fechou a quinta-feira perto da estabilidade no Brasil, ainda que no exterior a moeda tenha registrado ganhos firmes ante boa parte das demais divisas, sob influência de dados robustos da economia dos EUA e da decepção com os estímulos econômicos da China.

Nota de 100 dólares
17/12/2009 REUTERS/Sam Mircovich
Nota de 100 dólares 17/12/2009 REUTERS/Sam Mircovich
Foto: Reuters

O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,06%, cotado a 5,6602 reais. Em outubro a divisa acumula elevação de 3,87%.

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Às 17h13, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,17%, a 5,6685 reais na venda.

A divisa norte-americana abriu o dia em alta ante o real, em meio à decepção com novas medidas anunciadas pela China para impulsionar o setor imobiliário. O país asiático disse que ampliará uma lista de projetos habitacionais elegíveis para financiamento e aumentará os empréstimos bancários para esses empreendimentos até o fim do ano. Analistas viram o anúncio apenas como um complemento de planos apresentados anteriormente.

"O pacote de estímulos da China veio abaixo do esperado, gerando preocupações quanto ao impacto nas economias emergentes, como o Brasil, e levando os investidores a buscar ativos considerados mais seguros, como o dólar, pressionando a cotação", disse Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital, em comentário enviado a clientes.

Em reação ao anúncio chinês, o dólar à vista atingiu a máxima de 5,6900 reais (+0,46%) às 9h05, pouco depois da abertura. Ainda pela manhã, porém, a divisa desacelerou e se reaproximou da estabilidade.

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No exterior o viés predominante era de alta, com as cotações reagindo à divulgação de números positivos nos EUA. As vendas no varejo no país subiram 0,4% em setembro, acima do 0,3% das projeções de economistas, enquanto os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 19.000 na semana passada, bem abaixo da previsão de 260.000 pedidos.

Operador ouvido pela Reuters chamou a atenção para o volume fraco e para o movimento contido da moeda norte-americana no Brasil, ainda que no exterior a divisa tivesse ganhos firmes. Segundo ele, o nível de 5,70 reais seguia como uma resistência técnica importante para o dólar.

Ao mesmo tempo, o cenário externo adverso e as preocupações dos investidores com o equilíbrio fiscal do governo Lula impediam que a divisa norte-americana buscasse níveis mais baixos. Na prática, as cotações seguiram "travadas". Na mínima do dia, às 16h43, o dólar à vista foi cotado a 5,6576 reais (-0,11%).

No exterior, o dólar seguia com ganhos firmes ante boa parte das demais moedas no fim da tarde. Às 17h12, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,24%, a 103,790.

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No fim da manhã, o BC vendeu todos os 14.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 2 de dezembro de 2024.

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