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Dólar fica estável ante real, acima de R$5,40, apesar de IPCA favorável

Em 2024, a moeda norte-americana acumula elevação de 11,58%

10 jul 2024 - 17h08
(atualizado às 17h56)
As contas externas brasileiras fecharam em déficit de US$ 1,7 bilhão em abril
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O dólar à vista fechou a quarta-feira estável ante o real, ainda acima dos 5,40 reais, após ter oscilado abaixo deste nível pela manhã, com o câmbio reagindo positivamente ao dado de inflação melhor que o esperado no Brasil.

A moeda norte-americana à vista encerrou cotada a 5,4132 reais na venda, com variação negativa de 0,01%. Em 2024, a divisa acumula elevação de 11,58%.

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Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,17%, a 5,4255 reais na venda.

O destaque do dia era a divulgação do IPCA -- o índice oficial de inflação no Brasil -- no início da sessão.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o indicador subiu 0,21% em junho, após alta de 0,46% no mês anterior. No acumulado de 12 meses até junho, o IPCA teve alta de 4,23%, contra elevação de 3,93% do mês anterior.

Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,32% em junho e elevação de 4,35% em 12 meses.

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O dado de inflação melhor que o esperado abriu espaço para a queda firme das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) e para o recuo do dólar ante o real. Às 9h55, sob a influência do IPCA, o dólar à vista atingiu a cotação mínima de 5,3724 reais (-0,77%).

Ainda pela manhã, no entanto, o dólar recuperou parte da força, se reaproximando da estabilidade, com alguns investidores realizando lucros e se reposicionando quando as cotações bateram em 5,40 reais.

Profissional ouvido pela Reuters pontuou que, após os recuos recentes, não havia mais tanto espaço para o dólar se manter em queda. Ele lembrou que desde a quarta-feira passada, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou de criticar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e a política monetária, o dólar vem se afastando do pico de 5,70 reais.

Na máxima desta quarta-feira, às 14h33, o dólar à vista foi cotado a 5,4277 reais (+0,25%).

"A gente tem que ter algum evento mais consistente no mercado, como a redução da taxa de juros nos Estados Unidos, para o dólar cair mais", corroborou Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos. "Até lá, o dólar vai ficar testando resistências, e 5,40 reais é uma resistência forte."

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No exterior, investidores estiveram atentos ao segundo dia de depoimento do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Congresso dos EUA.

Em sua fala Powell disse que ainda não está pronto para concluir que a inflação nos EUA está caindo de forma sustentável para 2%, a meta perseguida pela instituição, mas afirmou que tem "alguma confiança nisso". O chair do Fed disse ainda que a inflação baixou, mas os preços ainda estão altos.

Às 17h08, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,09%, a 105,020.

Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 2 de setembro de 2024.

À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 840 milhões de dólares em julho até o dia 5, com saída líquida de 1,465 bilhão de dólares pela via financeira e entrada de 625 milhões de dólares pela via comercial.

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