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Dólar mantém ritmo de alta frente ao real após anúncio já esperado de Haddad na Fazenda

9 dez 2022 - 11h41
(atualizado às 15h41)

O dólar subia frente ao real nesta sexta-feira após a confirmação de Fernando Haddad à frente do Ministério da Fazenda do governo eleito, mas num movimento avaliado por agentes do mercado como comedido, uma vez que o anúncio já era amplamente esperado.

Notas de cem dólares
07/02/2011
REUTERS/Lee Jae-Won
Notas de cem dólares 07/02/2011 REUTERS/Lee Jae-Won
Foto: Reuters

Por volta de 11h21 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,97%, a 5,2665 reais na venda, mantendo ritmo de valorização que vinha sendo apresentado mesmo antes de o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciar nesta sexta-feira os primeiros nomes de ministros de seu governo.

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"A questão do Haddad é um pouco mais do mesmo que vem sendo discutido: ele já vinha sendo cotado, estava no preço já", disse à Reuters Bruno Mori, economista e planejador financeiro pela Planejar, notando reação benigna do mercado à confirmação do ex-prefeito de São Paulo na futura pasta da Fazenda, com destaque para a reação do Ibovespa.

Por volta de 11h30, o índice acionário de referência para o mercado brasileiro subia 0,47%, a 107.749,31 pontos.

"Surpresa seria se os nomes fossem diferentes; são nomes que não são novos, são pessoas conhecidas."

Mori avaliou que, de um lado, Haddad tem um perfil muito político e pode ser inclinado a mais gastos fiscais, o que vem preocupando os mercados nas últimas semanas. Mas, de outro, a definição do futuro ministro "tira incertezas e ajuda a destravar algumas coisas nessa transição de governo", ponderou o economista, referindo-se, entre outros pontos, às negociações da PEC da Transição.

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O texto da PEC, que busca expandir o teto de gastos por dois anos a partir de 2023 de forma a custear o Bolsa Família, já foi ligeiramente desidratado no Senado, e alguns agentes do mercado têm esperanças de que a proposta possa ser ainda mais reduzida durante as negociações na Câmara, onde tramita atualmente.

Mori acrescentou que a alta do dólar nesta sessão não era motivada apenas pela pauta doméstica, e que a moeda norte-americana já vinha ganhando força ao longo da manhã após dados de inflação ao produtor norte-americano mais fortes do que o esperado, que contiveram esperanças de moderação do aperto monetário do Federal Reserve.

Investidores alertavam para volumes de negociação reduzidos nesta manhã devido ao jogo do Brasil na Copa do Mundo contra a Croácia, que começa às 12h.

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