O dólar operava em leve queda contra o real nesta quarta-feira, após na véspera registrar a maior baixa em quase sete semanas, com agentes do mercado monitorando a votação dos destaques da reforma da Previdência no Senado nesta sessão.
Às 12:14, o dólar recuava 0,21%, a 4,0672 reais na venda. Na máxima, a cotação foi a 4,0929 reais na venda, em alta de 0,42%.
Na B3, o dólar futuro tinha recuo de 0,45%, a 4,0680 reais.
Na terça-feira, o dólar à vista caiu 1,33%, a 4,0757 reais na venda, desvalorização mais forte desde 4 de setembro (-1,79%).
O Senado encerrou na terça-feira a sessão de votação em segundo turno do texto principal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência sem concluir a análise de destaques que poderiam alterar o texto. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou nesta quarta-feira que lideranças da Casa e o governo chegaram a um acordo para concluir a votação.
"O cenário doméstico é estável, e a tendência é que a moeda fique em patamares moderados até o final da sessão", afirmou Jefferson Laatus, sócio e fundador do Grupo Laatus.
Ainda na cena doméstica, também permanecia no radar a retomada nesta quarta do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade da prisão após condenação em segunda instância.
Nesta sessão, o Banco Central vendeu 9 mil contratos de swap cambial reverso dos 10.500 ofertados, e 450 milhões de dólares em moeda spot de oferta de até 525 milhões. Adicionalmente, a autarquia também vendeu 1.500 contratos de swap tradicional para rolagem do vencimento dezembro de 2019.
No cenário externo, as atenções se mantinham voltadas para os desenvolvimentos do acordo do Brexit, com os líderes da União Europeia (UE) estudando o pedido de adiamento da separação do Reino Unido feito pelo governo britânico.
Moedas emergentes pares do real, como lira turca e peso mexicano, também se valorizavam contra o dólar nesta quarta, enquanto o índice da moeda norte-americana contra uma cesta de seis divisas fortes tinha ligeira alta.