O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira (22), influenciado por operações pontuais, enquanto os investidores aguardavam a divulgação do balanço auditado da Petrobras e permaneciam atentos a votação de medidas importantes no Congresso Nacional.
O dólar chegou a romper a barreira dos R$ 3 durante a sessão, sendo cotado a R$ 2,9969 na mínima, mas o movimento não se sustentou.
"A barreira dos R$ 3 ainda é um pouco mais difícil de romper e quando chega nesse nível acaba atraindo compra", disse João Paulo De Gracia Correa, gerente de câmbio da Correparti.
O dólar encerrou a sessão cotado a R$ 3,0083 na venda, em queda de 0,63%. Desde 4 de março, quando encerrou a R$ 2,9807, o dólar não fecha abaixo de R$ 3. Na máxima da sessão, o dólar foi negociado a R$ 3,1023. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,7 bilhão (aproximadamente R$ 5,1 bilhões).
"O mercado está mais estável e o movimento da sessão reflete operações pontuais de entrada que fizeram o dólar cair", disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.
O mercado aguardava a divulgação dos resultados auditados do terceiro e quarto trimestres do ano passado da Petrobras, previsto para após o fechamento dos mercados nesta quarta-feira (23).
"O foco hoje deve ser sobre a divulgação do fortemente esperado resultado da Petrobras e as estimativas de custo dos problemas de corrupção", informou o Scotiabank em relatório enviado a clientes.
Além da expectativa pelos resultados da Petrobras, o mercado acompanhava ainda a votação de medidas importantes no Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados deve analisar os destaques ao projeto da terceirização ainda nesta quarta-feira, enquanto o Senado Federal deve analisar projeto sobre a indexação da dívida de Estados e municípios.
"O dia está bem recheado de situações locais que ajudam a manter cautela", disse o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto.
No mercado externo, a moeda norte-americana rondava a estabilidade em relação a uma cesta de moedas.
Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 71% do lote total.