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Dólar sobe 0,88% ante real, maior alta em um mês

Giro financeiro foi de US$ 1 bilhão ante média diária do último mês de US$ 1,3 bilhão

2 jul 2014 - 17h42
Foto: Getty Images

O dólar fechou nesta quarta-feira com a maior alta ante o real em um mês, em linha com o avanço da divisa no exterior, diante de novos sinais de que o mercado de trabalho norte-americano está em recuperação, alimentando expectativas de juros maiores nos Estados Unidos.

No Brasil, investidores entenderam que o Banco Central manterá a estratégia de dosar as rolagens de swap cambial, que equivalem a venda futura de dólares, para garantir que a moeda dos EUA oscile dentro da banda informal de R$ 2,20 a R$ 2,25. O dólar subiu 0,88%, a R$ 2,2243 na venda, maior avanço desde 2 de junho, quando a valorização foi de 1,55%. A moeda americana também subiu contra divisas importantes como o euro e o iene.

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"Um dado bom sobre o mercado de trabalho americano causa algum estrago, já que a ameaça de juros mais altos nos Estados Unidos continua à espreita", afirmou o gerente de operações do banco Confidence, Felipe Pellegrini, lembrando que o mercado também voltou sua atenção para o relatório de emprego dos Estados Unidos que será divulgado na quinta-feira.

Pela manhã, foi divulgado que as empresas norte-americanas contrataram 281 mil trabalhadores em junho, marcando o maior aumento mensal no segmento privado desde novembro de 2012 e bem acima das expectativas do mercado, segundo o Relatório Nacional de Emprego da ADP.

A alta do dólar ganhou força durante a tarde. Em meio ao ambiente de liquidez mais reduzida e poucas notícias, operadores aproveitaram para afastar ainda mais o dólar do piso informal de R$ 2,20, após a divisa flertar com níveis mais baixos nos últimos pregões. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1 bilhão, inferior à média diária do último mês, de cerca de US$ 1,3 bilhão.

"À tarde, o mercado esvaziou e o dólar corrigiu aqueles exageros da semana passada. Ninguém quer fechar operações um dia antes de um dado tão importante", afirmou o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros, referindo-se ao relatório de emprego norte-americano.

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Nesta sessão, o BC deu início à rolagens dos swaps que vencem em 1º de agosto, vendendo a oferta total de até 7 mil contratos. Com isso, rolou pouco menos de 4% do lote total, correspondente a US$ 9,457 bilhões. Se mantiver esse ritmo, a autoridade monetária rolará cerca de 80% do lote total, um pouco a menos do que fez no mês passado, quando rolou cerca de 85% dos contratos que venceram nesta semana.

"O BC está sinalizando que esse nível de cotação, um pouco acima de R$ 2,20, é interessante, que não pega na inflação e ajuda a balança comercial", afirmou o operador de um importante banco nacional. O dólar tem oscilado aproximadamente entre R$ 2,20 e R$ 2,25 desde o início de abril. O BC vem atuando diariamente no câmbio desde o fim de agosto. Até a véspera, colocou no total o equivalente a US$ 61,68 bilhões em swaps novos no mercado, segundo a assessoria de imprensa da autoridade monetária.

Pela manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps nas rações diárias, todos com vencimento em 2 de fevereiro de 2015 e volume equivalente a US$ 198,9 milhões. Também foram ofertados contratos para 1º de junho, mas nenhum foi vendido.

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