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Dólar sobe 1% com BC e cenário político, em dia de volume baixo

22 abr 2016 - 17h20
(atualizado às 17h32)

O dólar subiu 1 por cento nesta sexta-feira (22), sustentado pela atuação do Banco Central e com investidores preferindo estratégias mais defensivas enquanto acompanham os desdobramentos da política brasileira, em sessão de volume reduzido entre o feriado e o fim de semana.

Dólar alcançou a máxima de R$ 3,5628 logo após o anúncio do BC
Dólar alcançou a máxima de R$ 3,5628 logo após o anúncio do BC
Foto: Pixabay / O Financista

O dólar avançou 1,07 por cento, a 3,5703 reais na venda. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 1,31 por cento. O dólar futuro subia 1,07 por cento no fim da tarde.

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Operadores também ajustaram-se nesta sessão aos movimentos do câmbio no exterior na quinta-feira, quando o tombo dos preços do petróleo alimentou aversão a risco nos mercados globais, enquanto o mercado brasileiro permaneceu fechado devido ao feriado de Tiradentes.

"O mercado está respeitando o BC e usando de cautela, por causa do quadro político", afirmou o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa.

O BC vendeu nesta manhã todos os 20 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, que ofereceu em leilão. A autoridade monetária vem atuando pesadamente no mercado por meio desses instrumentos há semanas, mas diminuiu o ímpeto nos últimos dias após a Câmara dos Deputados aprovar o prosseguimento do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

"É um dia morto, entre o feriado e um fim de semana. Acaba sendo um dia em que muitos players estão fora", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, acrescentando que, neste cenário, a atuação do BC conseguiu manter a cotação da moeda.

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Dilma participou nesta sexta-feira de evento na Organização das Nações Unidas (ONU), onde dedicou praticamente todo o discurso a questões ambientais, mas fez referência ao "grave momento" vivido pelo Brasil e agradeceu a líderes internacionais que manifestaram solidariedade a ela em meio à tramitação do processo de impeachment no Congresso.

A cautela do mercado com a situação política reflete a expectativa por nomes que podem formar a equipe econômica do vice-presidente Michel Temer caso o impeachment se concretize. Percepções de que Temer estaria enfrentando dificuldades para montar seu time têm causado alguma apreensão no mercado local.

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