O dólar subiu mais de 1% sobre o real nesta segunda-feira, corrigindo parte da queda vista no fim da semana passada, em um dia sem divulgação de indicadores econômicos relevantes.
A moeda norte-americana subiu 1,11%, a R$ 2,6682 na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 1,5 bilhão de dólares.
Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou queda de 1,99%. Só na sexta-feira, a desvalorização foi de 1,25%.
"Houve uma correção da semana passada (neste pregão), quando teve um movimento anormal", disse o especialista em câmbio da Icap Corretora Italo Abucater.
No pregão anterior, o dólar havia fechado em baixa pelo segundo dia seguido após a inesperada queda dos salários nos Estados Unidos em dezembro reforçar apostas de que o Fed seria "paciente" para elevar os juros.
Mas muitos economistas dos maiores bancos de Wall Street permaneciam convencidos de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, começará a aumentar os juros em junho, e não mais tarde, mostrou uma pesquisa da Reuters.
Taxas mais altas têm potencial para atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em outras praças financeiras, como a brasileira, afetando o fluxo cambial.
Nesta sessão, o dólar também foi influenciado pela queda do preço do petróleo, com o Brent abaixo de 48 dólares o barril.
Internamente, o mercado ainda esperava novas medidas da equipe econômica - liderada pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, do Planejamento, Nelson Barbosa e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini - que mostrem mais austeridade fiscal.
"Precisamos de medidas que não caiam no mesmo posicionamento do ano passado, sem dar frutos", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora Reginaldo Galhardo.
Nesta manhã, o Banco Central continuou com suas intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, com volume correspondente a 98,5 milhões de dólares. Foram vendidos 1 mil contratos para 1º de setembro e 1 mil contratos para 1º de dezembro de 2015.
O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a 10,405 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 33% do lote total.