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Dólar sobe 1,25% e vai a R$ 4,96; Bolsa fecha em queda e marca maior sequência de perdas em 39 anos

Foi a sétima alta do dólar em agosto. Ja a Bolsa fechou em queda pela décima sessão consecutiva no mês

14 ago 2023 - 17h09
(atualizado às 19h00)
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,06 %, a 116.809,55 pontos. O volume financeiro somou 22,3 bilhões de reais.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,06 %, a 116.809,55 pontos. O volume financeiro somou 22,3 bilhões de reais.
Foto: FELIPE RAU / ESTADÃO / Estadão

O dólar à vista teve alta firme ante o real nesta segunda-feira, acima de 1%, em meio a preocupações dos mercados globais com o crescimento da China - importante compradora das commodities brasileiras - e mais especificamente com o setor imobiliário chinês.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9662 reais na venda, com alta de 1,25%. Foi a sétima alta do dólar em agosto, em um total de dez sessões, com a moeda norte-americana acumulando ganho de 5,01% no mês.

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O Bolsa fechou em queda nesta segunda-feira pela décima sessão consecutiva, marcando a maior série de baixas em quase quatro décadas, com o declínio da Vale respondendo por uma relevante participação no desempenho negativo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,06 %, a 116.809,55 pontos. O volume financeiro somou 22,3 bilhões de reais.

A última vez em que o Ibovespa caiu por mais do que 10 pregões foi entre o final de janeiro e o começo de fevereiro de 1984, quando fechou em baixa por 11 pregões seguidos, segundo dados da Refinitiv.

Desde o começo da agosto, os estrangeiros têm vendido mais do que comprado ações brasileiras, com o saldo acumulado no mês até o dia 10 negativo em quase 6,6 bilhões de reais, em dados que excluem as ofertas de ações.

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Nesta sessão, em particular, as negociações na bolsa paulista tiveram como pano de fundo o declínio de commodities como o petróleo e o minério de ferro no exterior, enquanto a agenda local destacou o índice de atividade econômica IBC-Br.

A temporada de balanços no Brasil também está em sua reta final nesta semana, incluindo uma bateria de resultados após o fechamento da B3 nesta segunda-feira. Antes da abertura, Embraer reportou seus números.

E agentes financeiros também têm no radar nos próximos dias os vencimentos do índice futuro -- na quarta-feira -- e de opções sobre ações na sexta-feira.

Análise gráfica do Itaú BBA diz que o "copo meio cheio" é que o Ibovespa segue em tendência de alta e que o movimento de baixa recente não se trata de um movimento de aversão a risco, por enquanto, mas de realização de lucros.

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Eles calculam que se o Ibovespa permanece acima da região de 116.300/115.700 pontos continua em tendência de alta.

Apesar de o número de sessões em baixa chamar a atenção, o Ibovespa acumulou no período um declínio de apenas 4,2%, depois de avançar 19,7% em quatro meses seguidos de alta, com parte relevante dessa alta atribuída à perspectiva de queda da Selic.

Na visão do gestor e sócio-fundador da Trígono Capital, Werner Roger, talvez o mercado tenha antecipando o cenário de queda da Selic, se movimentado no famoso "sobe no boato e cai no fato" e agora está remodelando os efeitos do alívio monetário.

"Não é só a queda da Selic que vai resolver todas as questões macro....temas como o arcabouço fiscal, a reforma tributária, a reforma administrativa ainda precisam ser equacionados", afirmou.

Preocupações com a saúde da economia chinesa e a política monetária norte-americana também têm corroborado a correção no mercado acionário brasileiro.

DESTAQUES

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- VALE ON caiu 3,1%, a 61,9 reais, em meio ao declínio dos futuros de minério de ferro na Ásia, pressionados por expectativas de cortes na produção de aço na China e a fraqueza no segmento imobiliário daquele país. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange, da China, cedeu 0,4%. Em agosto, Vale acumula uma queda de quase 8%.

- YDUQS ON recuou 14,46%, a 20,53 reais, em sessão de ajustes, após forte valorização no final da semana passada, na esteira do resultado do segundo trimestre. Na sexta-feira, a ação saltou mais de 8%. COGNA ON cedeu 6,1%.

- PETROBRAS PN fechou com variação positiva de 0,26%, a 30,64 reais, mesmo em dia de queda do petróleo no exterior. PETROBRAS ON encerrou com acréscimo de 0,48%, a 33,63 reais.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 1,45%, a 27,24 reais, enquanto BRADESCO PN perdeu 0,52%, a 15,29 reais.

- VIA ON terminou com declínio de 7,03%, a 1,72 real, enquanto agentes financeiros ainda digerem o balanço do segundo trimestre e plano de reestruturação conhecidos na semana passada. MAGAZINE LUIZA ON, que reporta resultado após o fechamento, caiu 1,39%.

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- CPFL ENERGIA ON avançou 1,19%, a 35,6 reais, ampliando a alta desde a divulgação do resultado do segundo trimestre na quinta-feira. Analistas do UBS BB reiteraram recomendação de "compra" para os papéis e elevaram o preço-alvo dos mesmos de 40 para 49 reais, conforme relatório com o título "o poder da consistência".

- EMBRAER ON caiu 1,3%, a 18,22 reais, distanciado-se da máxima, quando chegou a 19,52 reais, após divulgar mais cedo lucro líquido de 279,3 milhões de reais no segundo trimestre, um aumento de 20% na comparação anual. A empresa manteve sua previsão de entregas e resultados financeiros para o ano.

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