O dólar fechou em alta superior a 1,7% ante o real nesta segunda-feira, após dados mostrarem queda surpreendente das exportações da China, que aumentaram as preocupações com o ritmo de crescimento da segunda maior economia do mundo.
A moeda norte-americana subiu 1,74%, a R$ 3,1245 na venda, anulando grande parte da queda acumulada na semana passada, de 1,86%.
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Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão.
As exportações da China caíram 15% em março, a maior queda em cerca de um ano, ante estimativas de alta de 12%.
"As exportações da China tiveram uma queda inesperada em março, e isso está afetando moedas ligadas a commodities e o real está indo na esteira do movimento", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, acrescentando que a ausência de indicadores relevantes no Brasil e nos Estados Unidos nesta sessão fez com que os investidores ficassem mais atentos ao dado chinês.
O mercado segue avaliando os desenvolvimentos das negociações entre governo brasileiro e Congresso sobre as medidas de ajuste fiscal e as sinalizações de recuperação da economia dos Estados Unidos, que podem levar o Federal Reserve, banco central do país, a definir o momento de mudança na taxa de juros.
"A tendência do dólar ainda é para cima. O movimento de revalorização do real ante o dólar não me parece muito consistente", disse o economista-chefe da INVX Global Asset Management, Eduardo Velho, acrescentando que um forte contingenciamento dos gastos públicos poderia trazer um alívio à cotação, porém temporário.
Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 40% do lote total.