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Dólar sobe ante real após vitória de republicanos nos EUA

5 nov 2014 - 19h04

O dólar avançou ante o real pela quarta sessão seguida nesta quarta-feira, acompanhando o fortalecimento do dólar nos mercados internacionais após o bom desempenho dos republicanos nas eleições parlamentares nos Estados Unidos levar investidores a comprar ativos norte-americanos.

<p>Alta do dólar seguiu tendência do exterior</p>
Alta do dólar seguiu tendência do exterior
Foto: Romeo Ranoco / Reuters

No mercado local, ainda com volume baixo, os investidores continuavam sob a expectativa de mais sinais de como será a política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

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A moeda norte-americana subiu 0,38%, a R$ 2,5149 na venda, após chegar a R$ 2,5292 na máxima do dia. Nas últimas quatro sessões, a divisa acumulou alta de 4,44%. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em cerca de US$ 550 milhões.

"Os republicanos têm uma visão pró-mercado e isso faz o mercado precificar políticas mais favoráveis", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

Os republicanos conquistaram os votos dos descontentes e garantiram importantes vitórias nas eleições de terça-feira nos EUA. A possibilidade de que o resultado pese sobre a agenda legislativa foi encarada como positiva pelos investidores, como ocorreu em situações semelhantes no passado.

Na expectativa de medidas mais favoráveis aos negócios nos EUA, que gerariam valorização dos ativos locais, investidores desmontavam posições em outros mercados e aplicavam na maior economia do mundo. Com isso, o dólar se fortalecia frente a moedas como o euro e os pesos chileno e mexicano.

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No Brasil, investidores continuavam aguardando mais detalhes sobre como será a política econômica daqui para frente. Os mercados receberam bem a surpreendente alta da Selic na semana passada, mas querem ver sinais de mudança na política fiscal, criticada por ser excessivamente expansionista e pouco transparente.

Além disso, investidores querem saber quem será o próximo ministro da Fazenda, substituindo Guido Mantega. No entanto, essa resposta não deve vir tão cedo. Dilma afirmou nesta quarta-feira que só anunciará o novo ministro da Fazenda após a cúpula do G20, que ocorre nos dias 15 e 16 de novembro na Austrália.

Essas expectativas têm limitado o volume de negócios nos mercados locais e deixado as cotações reféns de operações pontuais. Foram negociados cerca de 250 mil contratos de dólar para dezembro neste pregão, comparável à média de 350 mil contratos nas últimas 20 sessões.

"A perspectiva está muito turva. É difícil montar qualquer posição de longo prazo assim", disse o operador de uma corretora nacional.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 1,5 mil contratos para 1º de junho e 2,5 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,4 milhões.

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O BC também vendeu nesta sessão a oferta total de até 9 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 1º de dezembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 9% do lote total, equivalente a US$ 9,831 bilhões.

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