A cotação do dólar está no centro das discussões do mercado financeiro nas últimas semanas. Na primeira sessão de novembro, a moeda fechou a R$ 5,8699, maior nível desde maio de 2020. A seguir, o decodificador de investimentos da Status Invest Assessoria te explica os motivos e os impactos dessa disparada.
Vale destacar que, além da variação positiva expressiva da divisa nas últimas semanas, as projeções para os próximos meses também seguem crescentes.
O último Boletim Focus do Banco Central — relatório que resume as expectativas do mercado sobre indicadores econômicos — elevou as estimativas para a cotação do dólar no fim de 2024 pela terceira semana seguida, passando de R$ 5,45 para R$ 5,50. Um mês antes, era de R$ 5,40.
Para os próximos anos, as estimativas também foram elevadas. Para o fim de 2025, as projeções passaram de R$ 5,40 para R$ 5,43, enquanto para 2026 saíram de R$ 5,33 para R$ 5,40.
As fortes altas ocorrem em meio a um cenário de volatilidade no Brasil e no exterior, eleições presidenciais norte-americanas, decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos e preocupações com o cenário fiscal doméstico.
Decodificador de investimentos
Mateus Apud, assessor na Status Invest Assessoria de Investimentos, te explica a seguir os principais motivos e impactos da alta recorde do dólar.
Não é novidade que a alta da moeda norte-americana em relação ao real pode elevar os custos de produtos e serviços que dependem de insumos importados ou que são negociados na divisa estrangeira.
Esse cenário reflete também na bolsa brasileira e faz com que alguns setores sejam prejudicados, enquanto outros podem tirar proveito.
Por um lado, algumas gigantes do Ibovespa, como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), podem se beneficiar do avanço da divisa estadunidense. Isso porque as commodities, como o minério de ferro e o petróleo, são negociadas em dólar. Dessa forma, o cenário de alta da moeda pode elevar as margens de lucro dessas companhias.
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O mesmo acontece com o setor de frigoríficos, com empresas como JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3), e com o agronegócio, que inclui ações como São Martinho (SMTO3) e SLC (SLCE3). Parte das receitas dessas companhias são em dólar, o que também faz com que elas se beneficiem da alta da moeda.
Em contrapartida, companhias que possuem parte dos custos em dólar, mas receita em reais, são prejudicadas pela variação positiva da divisa, como é o caso das varejistas e das companhias aéreas.
No caso das varejistas, por exemplo, o aumento dos preços de importação pressiona as margens de lucro, pois os custos crescentes precisam ser repassados ao consumidor final para que as empresas mantenham a rentabilidade.
Já em relação às áreas, grande parte dos custos são dolarizados, como combustíveis, peças e manutenção, além do financiamento de aeronaves. Dessa forma, com a valorização da moeda, as dívidas se tornam mais caras para quitar.
Por conta disso, é fundamental que os investidores sigam acompanhando a cotação do dólar e que tenham um portfólio diversificado para minimizar os impactos atrelados à alta da divisa.
Entenda como investir nesse cenário
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