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Dólar tem leve queda em linha com exterior antes de reuniões do Fed e do BC

16 set 2024 - 09h10
(atualizado às 10h22)

O dólar tinha leve queda frente ao real nesta segunda-feira, acompanhando a tendência global, à medida que investidores aguardam as reuniões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central nesta semana.

Às 10h02, o dólar à vista caía 0,13%, a 5,5601 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,17%, a 5,583 reais na venda.

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O dólar recuava amplamente ante a maioria de seus pares fortes conforme os agentes financeiros ponderam sobre o tamanho do corte de juros a ser entregue pelo Fed em sua reunião de 17 e 18 de setembro.

Enquanto o banco central dos EUA têm indicado uma mudança em seu foco para evitar um esfriamento adicional do mercado de trabalho, com a inflação desacelerando gradualmente para a meta de 2%, operadores têm apostado que o Fed realizará um corte agressivo de juros na quarta-feira.

As apostas apontavam 65% de chance de uma redução de 50 pontos-base nos juros dos EUA, com 35% de probabilidade de um corte de 25 pontos. Quase 120 pontos-base de afrouxamento são projetados até o fim do ano.

A perspectiva de um afrouxamento agressivo pelo Fed derrubava os rendimentos dos Treasuries, o que tornava o dólar menos atrativo para investidores, impulsionando outras divisas fortes e emergentes.

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O rendimento do Treasury de dois anos -- que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo -- tinha queda de 2 pontos-base, a 3,551%.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,33%, a 100,690.

"Minha interpretação é que essa baixa da taxa de câmbio no Brasil, mesmo no ambiente de maior cautela internacional, eu acredito que o real está sendo beneficiado pela perspectiva de ampliação do diferencial de juros em relação aos Estados Unidos", disse Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Dessa forma, o dólar recuava ante o peso colombiano, o peso chileno e o rand sul-africano.

No cenário nacional, o mercado se posiciona para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), com ampla expectativa de que os diretores do BC elevem a Selic, atualmente em 10,50% ao ano, em 25 pontos-base no encontro de 17 e 18 de setembro.

Operadores colocam 84% de chance de tal movimento na quarta-feira, em meio a divulgação de dados recentes que mostraram uma atividade econômica mais aquecida do que o previsto no país.

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Quanto maior o diferencial de juros entre Brasil e EUA, melhor para o real, que se torna mais atrativo para investimentos.

Analistas consultados pelo BC subiram novamente nesta segunda-feira sua projeção para a economia neste ano e para o IPCA em 2024 e 2025, de acordo com a mais recente pesquisa Focus.

A expectativa para o índice de preços ao consumidor passou a 4,35% ao fim deste ano, ante 4,30% há uma semana, no nono aumento consecutivo na projeção. No próximo ano, os analistas preveem que a inflação atinja 3,95%, de 3,92% esperados anteriormente.

Para o PIB brasileiro a projeção é de crescimento de 2,96% neste ano, de 2,68% na semana anterior. Para o próximo ano, não houve mudança na expectativa de expansão de 1,90%.

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