O real digital, primeira moeda virtual regulamentada pelo Banco Central, foi oficialmente 'batizada' de Drex. O nome foi criado juntando a letra 'D' de digital, 'R' de Real, 'E' de eletrônico e 'X' em alusão ao pix, serviço de transferências instantâneas. O anúncio foi feito durante uma live da autoridade monetária nesta segunda-feira, 7.
O Drex terá o mesmo valor do papel-moeda, sendo um formato do Real, a moeda soberana brasileira. Apesar de ser digital, não se trata de um cripto ativo, como bitcoin e ethereum, que possui características de investimentos e não são reguladas pelo Banco Central.
A expectativa é que o sistema, que segue em fase de testes, seja disponibilizado ao público até o final de 2024. A Moeda Digital de Banco Central (CBDC, na sigla em inglês) está sendo desenvolvida para ser utilizada em qualquer país do mundo, sem necessidade de conversão.
Por que ter uma moeda digital?
- - Reduzirá o uso de dinheiro em papel
Dados do Banco Central revelam que apenas 3% do dinheiro disponível para operações do país estão no formato de papel. Seguindo esta tendência, o Drex pode impactar na diminuição da emissão de novas cédulas e moedas.
- - Estimular concorrência no ambiente virtual
Mais de 80% dos bancos centrais do mundo estão desenvolvendo moedas digitais, de acordo com levantamento do Banco de Compensações Internacionais (BIS). Em outubro de 2020, as Bahamas foram pioneiras lançando sua CBDC. Países como China, Estados Unidos e Japão também têm suas próprias moedas digitais.
- - Inibir a prática de crimes, como lavagem de dinheiro
Com a moeda digital oficial podendo ser utilizado em qualquer país do mundo, sem necessidade de conversão, crimes como lavagem de dinheiro podem diminuir. Essa é uma das apostas do Banco Central para o novo sistema.