A atividade econômica brasileira apresentou o segundo mês consecutivo de alta em julho, embora o ritmo de avanço tenha se reduzido. O Banco Central informou nesta quarta-feira, 15, que seu Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 0,60% em julho ante junho, na série já livre de influências sazonais, uma espécie de compensação para comparar períodos difrentes. No mês anterior, o avanço havia sido de 0,92% (dado revisado).
Os efeitos negativos da pandemia de covid-19 sobre a economia foram sentidos principalmente no primeiro semestre do ano passado. Após esse período, o IBC-Br passou a reagir, até que a segunda onda da doença provocasse, no início de 2021, novos fechamentos de empresas. Com isso, o indicador passou a oscilar. Em março, a atividade econômica recuou, mas em abril houve avanço. Maio registrou novo recuo e, em junho e julho, o indicador voltou a subir.
De junho para julho, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 139,68 pontos para 140,52 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde fevereiro deste ano (140,98 pontos).
A alta do IBC-Br ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam resultado entre queda de 0,30% e avanço de 0,80% (a maioria esperava crescimento de 0,40%).
Na comparação entre os meses de julho de 2021 e julho de 2020, houve crescimento de 5,53% na série sem ajustes sazonais. Essa série registrou 143,35 pontos em julho, o melhor desempenho para o mês desde 2015 (143,37 pontos). O IBC-Br ainda apresenta alta de 3,26% nos 12 meses encerrados em julho.
Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do Banco Central para a atividade doméstica em 2020 é de crescimento de 4,6%. Essa estimativa será atualizada ainda em setembro, no próximo Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
No último Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC, a projeção é de crescimento de 5,04% do PIB em 2021. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.