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Economistas veem inflação no teto da meta em 2014

Meta do governo para a inflação é de 4,5% ao ano, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos

28 abr 2014 - 08h50
(atualizado às 10h22)

Economistas de instituições financeiras fizeram pequenos ajustes a suas projeções econômicas e passaram a projetar a inflação no topo da meta do governo este ano, ao mesmo tempo em que continuam vendo mais uma alta na Selic em maio. Pesquisa Focus do Banco Central (BC) mostrou nesta segunda-feira que os economistas interromperam sete semanas seguidas de alta ao reduzirem a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano em 0,01 ponto percentual, a 6,50%.

Na pesquisa divulgada na semana passada eles projetaram pela primeira vez neste ano a inflação acima do teto da meta do governo, de 4,5% pelo IPCA com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.

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Os alimentos vêm contribuindo para que a inflação permaneça em patamares elevados, mas os analistas também mantêm o sinal de alerta com a pressão dos preços de serviços e administrados, com destaque para a energia elétrica.

A expectativa agora gira em torno da divulgação no dia 9 de maio dos dados de abril do IPCA, depois de sua prévia, o IPCA-15, ter acumulado em 12 meses alta de 6,19% neste mês.

No Focus, a projeção de alta dos preços administrados neste ano subiu 0,05 ponto percentual, para 4,75%. Já o Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, vê o IPCA este ano a 6,59%, inalterado ante a semana anterior.

Para 2015, a perspectiva para a inflação no Focus foi mantida em 6,00%, enquanto nos próximos 12 meses os economistas veem o indicador a 6,00%, 0,07 ponto percentual a menos.

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Política monetária

Em relação à taxa básica de juros, atualmente em 11%, o Focus mostra que os economistas continuam vendo a Selic a 11,25% no final deste ano, pela quinta semana seguida.

Após nove altas, eles ainda veem nova elevação de 0,25 ponto percentual na reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom), mesmo após uma série de indicações feita pelo próprio BC de que pretende interromper o movimento para avaliar os efeitos "defasados" da política monetária.

O Top 5 de curto prazo, por sua vez, vê manutenção da Selic em 11% em maio, enquanto o Top-5 de médio prazo manteve a perspectiva para a taxa em 2014 de 11,88%.

Sobre o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas consultados melhoraram levemente o cenário, elevando a perspectiva de expansão em 2014 a 1,65%, ante 1,63%.

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