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Economistas veem Selic e atividade econômica menor em 2015

Pela 17ª semana seguida, a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto neste ano foi reduzida, para apenas 0,30%

22 set 2014 - 10h36
(atualizado às 10h36)
<p>Homem passa pela logomarca do Banco Central na sede do banco em Brasí­lia</p>
Homem passa pela logomarca do Banco Central na sede do banco em Brasí­lia
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Economistas de instituições financeiras veem cada vez menos aperto monetário no próximo ano, em meio ao cenário de atividade econômica cada vez mais fraca e inflação ainda elevada. De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, a projeção para a taxa de juros (Selic) ao final do próximo ano passou a 11,25%, contra 11,5% até então.

Esse movimento faz aproximar um cenário em que não haverá mais um novo ciclo de alta da Selic, hoje a 11% ao ano. Para 2014, o Focus mostra que a mediana das estimativas para a taxa básica de juros permanece no atual patamar. O único aumento em 2015, segundo o Focus, é previsto para acontecer em setembro.

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O Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, continua vendo a Selic a 11% este ano e a 12% no próximo, projeções inalteradas sobre a pesquisa anterior.

Crescimento

A perspectiva de menor aperto monetário vem com projeções cada vez mais baixas de crescimento econômico. Pela 17ª semana seguida, a estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi reduzida, para apenas 0,30%, 0,03 ponto percentual a menos do que na semana anterior.

Para 2015 o cenário também piorou, pela segunda semana, a 1,01%, sobre 1,04% anteriormente. Mesmo com a visão de atividade fraca, os especialistas consultados continuam vendo a inflação elevada. A projeção de alta do IPCA neste ano passou a 6,30% e em 2015 a 6,28%, contra 6,29% em ambos os casos na semana anterior.

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O Top-5 de médio prazo, por sua vez, calcula o IPCA em 6,31% ao final de 2014, 0,03 ponto percentual a mais do que o levantamento anterior, e em 6,40% em 2015, sem alteração. Para os próximos 12 meses, a perspectiva para a inflação subiu a 6,32%, contra 6,28%.

Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou a 0,39%, chegando em 12 meses a 6,62%, maior patamar desde junho de 2013 e estourando o teto da meta do governo - de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O Focus mostrou também que os economistas elevaram suas projeções para o dólar na semana passada, a R$ 2,34, sobre R$ 2,30 no levantamento anterior. Para 2015, a conta de R$ 2,45 foi mantida.

Em setembro, até a última sexta-feira, o dólar já acumulava alta de quase 6% sobre o real, com a cena eleitoral pesando sobre o humor dos mercados.

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