As tarifas de Donald Trump aumentaram tensões globais, mas atraem investimentos de brasileiros buscando proteção cambial e diversificação no dólar. A fintech Kingdom Auto Finance, sediada em Orlando, atende imigrantes e promove acesso a crédito automotivo.
As recentes tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra países como México e China, aumentaram as tensões comerciais globais. Apesar do clima político conturbado, o momento tem se mostrado favorável para investimentos nos Estados Unidos, com muitos brasileiros buscando alternativas em ativos atrelados ao dólar para proteger e diversificar seu patrimônio. Esse movimento se reflete no crescimento de 28% no interesse de investidores brasileiros na moeda americana, desde a posse do novo presidente dos EUA, no dia 20 de janeiro deste ano. Os dados foram coletados pela fintech Kingdom Auto Finance. A empresa com sede em Orlando recebe aportes do Equity Group, holding de investimentos liderada pelo empresário João Kepler.
“Desde a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, temos observado uma transformação significativa no sentimento dos investidores em relação à economia americana. Acompanhamos de perto esses movimentos estratégicos e é nítida a expectativa positiva em torno das políticas econômicas do novo governo”, diz Gustavo Camilo, CEO e cofundador da Kingdom Auto Finance.
A Kingdom é uma fintech de origem brasileira, criada para atender a comunidade latina que vive nos Estados Unidos. Além de brasileiros, a startup atende europeus, asiáticos e até mesmo norte-americanos. Desde a sua fundação em dezembro de 2022, a empresa visa facilitar o acesso ao crédito automotivo para imigrantes, simplificando o processo. Atualmente, a empresa conta com mais de 500 veículos financiados e conta com uma inadimplência abaixo de 3%. Além disso, utiliza inteligência artificial avançada para monitorar contratos e garantir segurança, tanto para clientes, quanto para investidores.
A exposição ao dólar e a rentabilidade anual de 13%, bem acima da renda fixa americana, que atualmente está em 4,5%, atraem investidores que buscam segurança em um cenário de instabilidade política e econômica no Brasil.
Além da rentabilidade, a exposição ao dólar confere aos investidores uma camada adicional de proteção cambial, reduzindo o impacto de possíveis desvalorizações do real. A proteção cambial é uma operação financeira que resguarda ativos e negócios das oscilações nas taxas de câmbio, permitindo que investidores "congelem" a cotação de uma moeda estrangeira.
“As reformas tributárias audaciosas e a promessa de impulsionar o crescimento econômico americano têm incentivado muitos investidores, especialmente os brasileiros, a protegerem e diversificarem seu patrimônio em ativos vinculados ao dólar, ainda mais diante do cenário de incertezas políticas no Brasil”, completa.
(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.
