A história de uso de drogas recreativas do CEO da Tesla, Elon Musk, reflete o cenário geral de uso de drogas, como a maconha, entre americanos de 12 anos ou mais.
O histórico de Elon Musk com drogas – da maconha à cetamina – é amplamente documentado, e agora em 2024 trouxe novos relatos sugerindo que seu uso de substâncias psicoativas é mais frequente do que se sabia anteriormente.
Musk dificilmente é o único CEO que usa drogas enquanto desempenha um trabalho que muitos no mundo dos negócios consideram uma responsabilidade 24 horas por dia, 7 dias por semana. Embora o uso de drogas possa ser visto como uma questão pessoal ou de saúde mental, também é uma questão legítima de preocupação para conselhos e acionistas.
Como executivo corporativo, Musk frequentemente cultivou a imagem de um rebelde que desafia as normas sociais – inclusive no que diz respeito ao uso de drogas. Em 2018, ele fumou maconha durante um podcast filmado com Joe Rogan. No mesmo ano, membros do conselho da Tesla expressaram preocupação com o uso de drogas recreativas e Ambien por Musk, informou o New York Times. Recentemente, o Wall Street Journal informou que Musk toma cetamina, e ele mais tarde confessou no X ter uma receita para "quando a química do meu cérebro às vezes fica super negativa".
Em 2022, cerca de 25% dos americanos com 12 anos ou mais relataram ter usado drogas ilícitas no ano anterior, de acordo com dados da Administração de Abuso de Substâncias e Serviços de Saúde Mental do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, sendo a maconha a substância mais comumente usada. E Musk certamente não seria o primeiro executivo de alto nível a se encontrar em tal situação:
• Audrey Gelman, cofundadora e ex-CEO da The Wing, um espaço de coworking feminino que fechou em 2022, foi aberta sobre suas lutas contra o vício em 2019. Gelman fundou desde então a The Six Bells, uma loja de artigos para casa.
• Steve Madden, o designer de sapatos americano, renunciou ao cargo de CEO da Steve Madden Ltd. em 2001 e, no ano seguinte, foi condenado por manipulação de ações, lavagem de dinheiro e fraude em títulos. Suas lutas contra o abuso de drogas e álcool foram documentadas no filme "Maddman: The Steve Madden Story".
• Jimmy Cayne, ex-CEO do Bear Stearns e um talentoso jogador de bridge, estava jogando em torneios em março de 2008, enquanto o banco de investimento implodia. A empresa acabou sendo vendida ao JPMorgan Chase por US$ 2 por ação (Cayne era presidente na época). Cayne supostamente fumava maconha nos torneios, mas negou ter feito isso. Ele morreu em dezembro de 2021.
Assista ao vídeo com o comentário de André Forastieri.
(*) André Forastieri é jornalista e empreendedor, fundador de Homework e da agência de conteúdo e conexão Compasso, e mentor de profissionais e executivos. Saiba mais em andreforastieri.com.br.
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