A inflação alta do início de 2022 começa a ficar pra trás, segundo levantamento da Austin Rating. O Brasil viu a queda do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos meses, colocando o país com a sexta menor inflação entre os países do G20, grupo formado pelas maiores economias do planeta.
De acordo com o IPCA, o acumulado de 2022 chegou a 4,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é menor que o da União Europeia (7,6%), do Reino Unido (7,1%), da Alemanha (7%) e dos Estados Unidos (5,4%).
Na parte de baixo da tabela, entre os países com maior inflação, encontram-se Venezuela e Argentina, com 60,4% e 56,5%.
“Foi um movimento global. Em 2021, nós vimos o efeito da pandemia e, em 2022, o efeito do conflito entre Rússia e Ucrânia, disse Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.
Vale observar que a queda da inflação brasileira foi sentida com mais intensidade a partir de julho último, após a redução da alíquota do ICMS sobre a gasolina e a energia elétrica nos estados. A mudança aconteceu depois que o presidente Bolsonaro zerou o PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol.
Segundo o Boletim Focus, o IPCA deve encerrar este ano na faixa dos 6%. Para o próximo ano, a previsão para o índice oficial de preços é de 5,01%, aposta por enquanto acima da meta definida para o ano que vem.