A Embraer divulgou lucro líquido de 7,2 milhões de dólares no segundo trimestre, revertendo prejuízo de 131,4 milhões de dólares um ano antes, conforme o crescimento da receita na divisão de jatos executivos ajudou a compensar as vendas menores de jatos comerciais.
A fabricante brasileira de aviões, contudo, reiterou suas previsões para o ano, quando prevê prejuízo, repetindo o desempenho negativo já registrado em 2018.
Analistas esperavam, em média, prejuízo de 29 milhões de dólares, de acordo com dados Refinitiv.
Investidores têm monitorado a capacidade de resultados da empresa no futuro, uma vez que a Embraer está em processo de venda de 80% de sua divisão de aviação comercial, historicamente a mais lucrativa, para a Boeing, que deve ser concluída até o final deste ano.
Após a transação, a empresa brasileira terá de contar apenas com suas divisões restantes, jatos executivos e contratos de defesa, para impulsionar a última linha do balanço.
Nos primeiros seis meses do ano, a Embraer registrou perdas operacionais em suas divisões comercial, executiva e de defesa.
A companhia disse que espera entregar seu primeiro novo avião militar de carga, conhecido como KC-390, ao governo brasileiro até o final do ano.
A Embraer e a Boeing assinaram um acordo separado para comercializar em conjunto o avião, que a fabricante brasileira espera que receba ordens de governos aliados dos Estados Unidos.
No segundo trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em 67 milhões de dólares, um aumento em relação aos 41,5 milhões de dólares registrados um ano antes, com a margem Ebitda passando a 4,9% de 3,3% um ano antes.
No final de julho, Embraer já havia divulgado que carteira de pedidos firmes a entregar em 30 de junho totalizava 16,9 bilhões de dólares na comparação com 16 bilhões de dólares no fim do primeiro trimestre.