O emprego na indústria brasileira voltou a enfraquecer em dezembro ao recuar 0,3% e encerrou 2013 com queda acumulada de 1,1%, segunda taxa negativa seguida.
A última vez que o emprego industrial registrou dois anos seguidos em campo negativo havia sido em 2002 e 2003.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, a taxa mensal representou a segunda perda seguida nessa comparação após queda de 0,1% em novembro, em dado revisado após estabilidade divulgada anteriormente. Isso destacou a fraqueza do setor no final do ano passado, depois de em outubro o indicador ter interrompido série de cinco quedas seguidas mensais com avanço de 0,1%.
No acumulado de 2013, houve perdas em 11 dos 14 locais pesquisados, tendo o principal impacto a queda de 4,5% no Nordeste, seguido pelos recuos de 0,9% em São Paulo, 2,2% no Rio Grande do Sul, 6,4% em Pernambuco e 5,6% na Bahia.Houve queda em 11 dos 18 setores investigados pelo instituto, com os piores resultados vindos dos setores de couro (-5,3%), outros produtos da indústria de transformação (-4,1%), máquinas e equipamentos (-2,3%), vestuário (-2,7%) e produtos têxteis (-3,6%).
Na comparação com dezembro de 2012, o total de pessoal ocupado na indústria recuou 1,7%, 27º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais forte desde setembro de 2012 (-1,9%). O contingente de trabalhadores sofreu redução em 12 das 14 áreas pesquisadas na comparação com dezembro de 2012, com os principais impactos negativos registrados em São Paulo, com queda de 2,4%; e na Região Nordeste, com perda de 3,1%. Já o número de horas pagas ficou estável em dezembro na comparação mensal, após queda de 0,4% em novembro.
Na variação anual, houve queda de 2,1% no número de horas pagas e, no acumulado do ano, o índice mostrou recuo de 1,3% em 2013, também segundo resultado negativo seguido após queda de 1,9% em 2012. A produção industrial brasileira encerrou 2013 com alta acumulada de 1,2%, mas o início de 2014 pode ter sido complicado depois que o setor registrou em dezembro o pior resultado mensal em cinco anos ao recuar 3,5%.
