O grupo Invepar saiu vencedor na disputa pela concessão da BR-040, entre o Distrito Federal e Minas Gerais, nesta sexta-feira. A empresa apresentou lance de R$ 3,22 para cada praça de pedágio, com um deságio de 61,13% sobre o teto de R$ 8,29 estipulado pelo governo federal. No total, oito empresas entregaram propostas - a segunda colocada apresentou deságio de 44%.
O vencedor poderá explorar por 30 anos a operação da rodovia e será obrigada a prestar serviços de recuperação, conservação, manutenção, implantação de melhorias e ampliação de capacidade da estrada. De acordo com a ANTT, a assinatura do contrato de concessão será no dia 6 de março de 2014. O segmento de 936 quilômetros no total vai de Brasília, do entroncamento com a BR-251, até Juiz de Fora, em Minas Gerais. A previsão é que haja 11 praças de pedágio no trecho. A previsão do governo é que sejam investidos R$ 7,92 bilhões ao longo de toda a concessão.
O presidente do Grupo Investimentos e Participações em Infra Estrutura S/A (Invepar), Gustavo Rocha, disse que a empresa está estudando desde 2009 a BR-040, tendo como principal trecho de interesse o arrematado hoje, devido ao potencial de crescimento das regiões abrangidas. “É uma rodovia que liga a capital da República à segunda maior cidade do país e à terceira maior cidade. É um grande desafio, com um processo de duplicação de 557 quilômetros ao longo de cinco anos, mas estamos muito tranquilos com nossa proposta e acreditamos no sucesso do projeto."
De acordo com o ministro dos Transportes, César Borges, o governo federal considera que a etapa de 2013 foi concluída com sucesso pela confiança das empresas no processo e a obtenção da modicidade tarifária devido à concorrência do mercado. “É um processo que inova por impor a duplicação em cinco anos, o que é desafiador mas dá confiança ao usuário. Ele sabe que em cinco anos terá a rodovia duplicada. E sabe também que o grupo só poderá cobrar o pedágio depois de 10% de trechos duplicados”.
Borges destacou que o governo deve continuar o processo de concessões rodoviárias para resolver os problemas de gargalos logísticos no País. “O modal rodoviário é o principal e ainda vai continuar sendo durante muito tempo porque não se muda de uma hora para outra. O que precisamos é incentivar o ferroviário para transporte de passageiros e cargas. No rodoviário, precisamos duplicar os grandes eixos”. Borges disse que o governo começará no ano que vem a incentivar as licitações para as ferrovias.
Disputa
O leilão teve a participação de cinco empresas e três consórcios. Entre eles, a CCR, que venceu a disputa no dia 17 de dezembro pela concessão da BR-163 (MS), a Triunfo Participações, a Queiroz Galvão e a Contern Construções e Comércio. A Ecorodovias formou o Consórcio Via Capital, com mais seis empresas; e a Fidens Engenharia entrou com mais três emrpesas no Consórcio Integração. A Encalso Construções formou o Consórcio Caminho Novo para participar da licitação com outras quatro empresas.
O menor deságio foi proposto pela Queiroz Galvão, com apenas 4,99%, seguida pela Triunfo, com 9,98%. A rodovia será concedida dentro do Programa de Investimento em Logística (PIL), do governo federal, que já licitou, entre outros trechos, a BR-050, entre Goiás e Minas Gerais, e a BR-163 em Mato Grosso.
Com informações da Agência Brasil.