O empresário indiano Gautam Adani, um dos maiores símbolos do crescimento meteórico da Índia no cenário mundial, teve uma perda de mais de US$ 12,4 bilhões (cerca de R$ 70 bilhões) em um único dia. Adani saiu da 22ª posição entre os mais ricos do mundo para a 25ª, segundo ranking em tempo real da revista Forbes.
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A queda expressiva acontece logo após Adani e executivos de sua companhia, a Adani Green Energy, serem indiciados pela Justiça norte-americana por orquestrarem um esquema de fraude multibilionário.
Segundo o Economic Times, entre 2020 e 2024, o empresário indiano e seus associados pagaram cerca de US$ 250 milhões (mais de R$ 1,4 bilhão) em propina ao governo indiano. Em troca, eles ganhavam contratos lucrativos de fornecimento de energia solar. Estima-se que Adani e sua empresa tenha lucrado cerca de US$ 2 bilhões (R$ 11,6 bilhões) com o esquema.
Os promotores também alegam que a Adani Green Energy garantiu mais de US$ 3 bilhões em empréstimos e títulos durante o mesmo período, emitindo declarações falsas e enganosas.
Mandados de prisão para Gautam Adani e Sagar Adani, seu sobrinho, foram emitidos, com autoridades dos EUA buscando cooperação internacional de aplicação da lei. O caso também atraiu a atenção da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, que entrou com acusações civis relacionadas.
O indiciamento desencadeou repercussões imediatas nos mercados financeiros. As ações das empresas do Adani Group despencaram. A capitalização de mercado do grupo caiu US$ 24 bilhões (R$ 139,53 bilhões).