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Empresários dão dicas pra quem quer largar a CLT pra empreender

Em ritmo do Dia do Empreendedor (5 de outubro), confira essas dicas de quem largou a CLT para empreender

3 out 2023 - 06h10
Foto: Adobe Stock

Abrir mão da estabilidade da CLT para empreender não é uma decisão fácil. É preciso traçar metas e escolher o modelo de negócio ideal. Para Cristiano Correa, vice-presidente da 300 Gestão, uma das vertentes do Grupo 300 Ecossistema de Alto Impacto, é importante se identificar com aquilo que se gosta de fazer, alinhando a perspectiva financeira. 

“É preciso ter em mente qual a rentabilidade que se busca para poder sair do CLT. Um negócio ideal que atenda as expectativas dentro das habilidades de cada um. O primeiro passo é desenhar o sonho e dividir ele por partes para saber o que precisa acontecer para se tornar verdade”, comenta.

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Neste cenário, é possível reunir cases de sucesso e que são inspiradores para quem busca se tornar um empreendedor: Conheça 11 empresários que arriscaram e hoje fazem sucesso no nicho de atuação e dão conselhos preciosos para quem pretende percorrer este caminho. 

  • • Vivian Deus, CEO do Joaninha Brechó Infantil

Vivian carrega muitas profissões em sua bagagem. Já foi caixa de supermercado, vendedora de bijuteria, sacoleira e até inspetora de solda, mas nenhuma dessas atividades a satisfazia emocional e financeiramente. Vivian apaixonou-se por Biologia em determinado momento de sua vida, especialmente pelo relacionamento dos seres vivos com o meio ambiente e, com a faculdade o rumo da sua carreira mudou novamente, e antes mesmo de formada começou a dar aulas em escolas públicas e privadas. 

Estava feliz, mas ainda não sentia que era esse o caminho que gostaria de seguir na vida e através de uma visita a um brechó infantil, despertou o insight que fizera tomar a decisão de empreender. Vivian, que largou as salas de aula e criou o Joaninha Brechó Infantil, aconselha aqueles que desejam trocar a CLT pelo empreendedorismo a não desistir de buscar a fazer aquilo que o faça sentir 100% realizado. 

“Entre todas as profissões que tive, foi com o brechó que me identifiquei e me encantei pelas possibilidades, além de oferecer mais tempo com minha família”, diz ela. 

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Outra dica da CEO é não desistir mesmo diante dos desafios. “Quando você empreende, você encara muitos desafios no caminho, principalmente no início, mas não desanime, nem se desespere porque há sempre uma solução”, completa.

  • • Angelo Max Donaton, CEO da Lavô 

Angelo Max Donaton é um exemplo destes empresários que abandonaram uma carreira no mundo corporativo para empreender. Formado em marketing, o empreendedor enxergou uma boa oportunidade e depois de 25 anos atuando na área comercial decidiu abrir o próprio negócio. 

O fundador e CEO da Lavô, rede de lavanderias self-service do país, tem como dica para quem tem o desejo de trocar a CLT pelo empreendedorismo que o segredo não é procurar pelo negócio certo, mas pela oportunidade ideal. 

“O momento de empreender exatamente quando você identifica que está diante de uma boa oportunidade, por exemplo, ninguém nasce com sonho de ter uma lavanderia, mas é um ótimo investimento”, diz ele. 

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Outra dica primordial de Donaton é sobre a importância de testar no mercado o produto ou serviço que está oferecendo. “Você só vai saber realmente se o negócio vale a pena depois de escutar o feedback do consumidor, positivo ou negativo. Produtos e serviços precisam ser testados e quem faz este teste é o consumidor”, ressalta o CEO. 

  • • Roberson Alvarenga, CEO da Help Multas, e Jucelaine Alvarenga, vice-presidente 

Roberson e Jucelaine Alvarenga optaram durante 10 anos pela segurança do funcionalismo público, Roberson atuando como servidor público militar e Jucelaine servidora do Poder Judiciário e as dicas de ambos é sobre como perceber o momento de empreender, vencer o medo da transição de carreira e ter sucesso. 

“Você nunca saberá a hora certa, jamais estará 100% preparado para empreender, no entanto, terá um momento que vai perceber suas aptidões e que é capaz de  enxergar coisas que a maioria das pessoas não vê”, explica Roberson sobre como acontece construção do desejo de ter um negócio. 

Jucelaine complementa: “Depois desta inquietação de querer mais muitas pessoas travam na hora de realizar esta mudança, porque ela tem medo e sem perceber passa a esperar pelo dia ideal, só que ele nunca vai chegar. Meu conselho para vencer a paralisia é se capacitar, entender do mercado que deseja atuar, procurar especialistas e uma opção é investir em uma franquia, porque terá todo o respaldo de quem já fez, mas o mais importante é ir com medo mesmo”. 

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Para finalizar o CEO ensina: “O sucesso é a soma de pequenos esforços repetidos dia após dia. Você não deve buscar o sucesso, ele é a consequência de algo grandioso que está construindo, quando você foca em você e no crescimento da sua empresa, obtém resultados surpreendentes”. 

  • • Igor Vendas, sócio fundador e COO de operações da Magnólia Papelaria

Igor é um dos empresários que decidiu abandonar uma carreira em uma multinacional para empreender. Formado em engenharia agronômica, Igor enxergou no empreendedorismo um desafio que gostaria de enfrentar.  Após conversar com sua esposa e agora sócia, Júlia Hueb, chegou à conclusão que estava no caminho certo. 

“Para mim foi muito mais eu ter a confiança de que estava tomando o caminho correto, colocando os prós e os contras. O que eu estaria ganhando com o CLT contra o que estaria ganhando com o empreendedorismo. E quando coloquei na balança, naquele momento percebi que com a segunda opção, eu poderia dar saltos maiores e ter mais conquistas”, comenta. 

Para o empresário o maior desafio, no princípio, foi a rotina de trabalho, pois agora, ele que criaria a sua jornada, demandas e horários. 

“Você fica um pouco confuso, e acaba por misturar a vida profissional com a pessoal. No primeiro ano de empreendimento foi mais complicado separar esses momentos de lazer e o profissional. Esse foi um grande desafio e com o passar dos meses, consegui separar eles, acho que a saída foi tentar transformar o empreendedorismo como se fosse um emprego, estabelecer rotinas de trabalho e horários para isso”, completa. 

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  • • Ellen Fernandes e Ronaldo Godoi, fundadores da Red Fitness

Quando a história de empreendedorismo, Ellen era enfermeira e empregada em regime CLT em dois empregos. Ronaldo, formado em Educação Física, trabalhava como professor. O casal fundou a Red Fitness depois de uma longa caminhada até ter a própria rede de academias, assim que inauguraram a primeira unidade em um pequeno espaço no bairro Mandaqui, na Zona Norte da capital paulista, Ronaldo se desligou de onde trabalhava para se dedicar totalmente a Red Fitness, enquanto Ellen continuou como enfermeira atuando de madrugada e no período da manhã, seguindo à tarde para ajudar seu marido na academia. 

No primeiro ano, o processo foi difícil, mas para Ellen a vida é de tentativas, algumas assertivas, outras nem tanto, afinal, empreender é um risco. 

“No começo, praticamente saia de um plantão, seguia para outro e depois atendia na recepção da academia. Passei algumas noites sem dormir trabalhando tanto no CLT quanto na Red. Comecei me desligando dos plantões à noite, em seguida, os das manhãs. Decidi seguir caminho apenas na Red Fitness. Em situações como essa o medo bate, mas a vida é feita de escolhas e elas tem 50% de chance de dar certo, então, tente”, conta Ellen. 

Sem experiência no mercado fitness, Fernandes explica que o maior desafio na transição foi administrar tudo (o dinheiro, o investimento, os funcionários, os clientes). “Com o tempo fui aprendendo e sigo aprendendo, não me arrependo da minha decisão”, completa. 

  • • Rodrigo Ressurreição, CEO e fundador da Total Clean

Rodrigo sempre sonhou em empreender, mas faltava a chance de apostar em algo. Foi quando o desemprego de sua irmã abriu as portas para que iniciasse a vida como dono do próprio negócio. O empreendedorismo na vida do Rodrigo começou no mesmo momento em que ele atuava como supervisor de vendas para uma empresa de construção civil. 

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Ele conta que para que o negócio desse certo, foi preciso encontrar algo que se identificasse, e após achar o nicho de atuação ideal, pesquisar tudo sobre o segmento, desde concorrentes até os produtos e serviços inovadores do setor. 

“O sucesso para qualquer coisa que a pessoa possa empreender é ser persistente o tempo inteiro”, comenta. 

  • • Leonardo Castelo, CEO do Grupo 300 Franchising Ecossistema de Alto Impacto

Leonardo possuía um cargo estratégico em uma empresa multinacional. O impulso de empreender veio de seu pai, que falava para ele e o irmão, Leandro Castelo, também CEO do grupo, que enxergava para os filhos um futuro empreendedor. Foi quando em 2007, a família decidiu apostar em um negócio, pediram demissão, e foram em busca do propósito. 

Passaram a vender produtos de limpeza porta a porta, em uma Kombi. Tiveram diversas dificuldades pelo caminho, mas não desistiram. Conseguiram expandir o negócio e ganhar notoriedade, com a maior rede de varejo de produtos de limpeza do Brasil. Aprenderam como gerir o negócio e passaram a ser admirados por outros colegas que começaram a pedir ajuda para acelerar o seu negócio. 

“O apoio familiar, a persistência e a disciplina foram fundamentais nesse processo. O nosso crescimento veio da humildade em aprender com os erros, buscar conhecimento e estar aberto para ampliar a rede de contatos”, comenta. 

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Hoje lideram o Grupo que é uma das holdings de franquias do país, com mais de 90 marcas debaixo de seu guarda-chuva, nove mil franquias vendidas e mais 35 mil empregos gerados. A companhia que atua com o objetivo alavancar negócios de forma inteligente, tornando as redes líderes de mercado em seu segmento, é composta por cinco vertentes: Scale-Up, Consultoria, Educação, Aceleradora e Gestão.

  • • Gabriel Farrel, CEO da Borda e Lenha

Gabriel Farrel tinha 21 anos quando, em 2016, deixou a faculdade de engenharia ambiental e, com um total de R$ 3 mil reais, fundou a  Borda e Lenha,  primeira rede fast-pizza do Brasil. Para ele, o ideal é não sair do trabalho CLT imediatamente, mas sim começar a empreender antes. 

“No início, o empreendedor pode precisar de um capital de fôlego maior do que o esperado, por isso aconselho que a transição de um negócio para o outro seja feita conforme a demanda do empreendimento novo”, explica Farrel. 

Segundo o executivo, outros aspectos também podem ajudar o empreendedor iniciante: “Começar com um produto ou serviço que você domine, conhecer o consumidor final, dar exemplo de credibilidade empresarial desde o primeiro dia e não ter medo de vender, são a melhor a forma de preparar o negócio para receber todos os clientes”. 

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  • • Vinicius Delatorre, sócio-fundador e diretor de operações da Mais1.Café

Com experiência na área da tecnologia desde o início da carreira, Vinícius comenta que, aos 23 anos de vida, em Nova York, trabalhando para uma grande empresa do setor bancário, percebeu que estava na hora de mudar, e assim, deixou uma promissora carreira corporativa para empreender. 

“O início dessa jornada foi bem desafiadora, marcado por muitas adversidades, principalmente pela minha falta de experiência na área do empreendedorismo na época. Entretanto, a construção de networking e cursos auxiliaram nesse processo”, diz. 

O empreendedor, hoje responsável pela área de operações da Mais1.Café, compartilha também alguns conselhos para os futuros empreendedores. "Desenvolva resiliência para se recuperar de qualquer adversidade, e se adaptar às mudanças que aparecem neste processo. Para isso, invista em conhecimento constante, principalmente para alavancar a capacidade de aprendizado. Outro ponto é valorizar a construção de um networking sólido, cultivando relacionamentos que podem abrir portas e serem seus grandes aliados nos negócios. E menos importante, persistir nos seus objetivos”, compartilha o executivo. 

  • • Guilherme Mauri, CEO da Minha Quitandinha

Para o empreendedor Guilherme Mauri, CEO da Minha Quitandinha, startup de tecnologia em varejo que atua no modelo de franquia de minimercado autônomo, a formação de uma boa rede de apoio é primordial para quem deseja deixar a CLT para começar o próprio negócio. 

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“Cerque-se de pessoas boas, que se complementam, com diferentes expertises, experiências. Traga especialistas de diversas áreas para te ajudar a crescer, firmar a ideia que dá para fazer tudo sozinho”, comenta. 

Além disso, o empreendedor reforça a importância de ter um sócio para ajudar nessa transição. “Se possível, encontre sócios que possam tocar a empresa de forma integral enquanto você realiza essa transição do CLT para o próprio negócio. Nesta fase, o ideal é conseguir se organizar financeiramente, para que, no tempo determinado, você consiga realizar a transição completa do CLT para a própria empresa”, finaliza. 

  • • Camila Miglhorini, fundadora e CEO da Mr. Fit

Experiente em franquias e no setor de alimentação, Camila fundou a Mr. Fit, rede de fast-food de alimentação saudável, em 2013, depois de se deparar com a dificuldade de encontrar opções rápidas e saudáveis para comer no dia a dia. 

Na época, ela era CLT e atuava como supervisora de franquias em uma rede de fast-food. Para Camila, a dica principal para quem pensa em empreender é não pedir demissão de imediato. 

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“Continue no emprego e, paralelamente, se organize para a abertura do negócio próprio. Estude o mercado, faça análises e tire o plano do papel. Somente depois que já estiver faturando, saia do trabalho CLT”, aconselha.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão. 

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