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Empresas aeroespaciais se preparam para protecionismo de Trump, diz presidente da Airbus

9 jan 2025 - 12h48

As empresas aeroespaciais europeias estão se preparando para um protecionismo "muito forte" nos Estados Unidos sob o governo do presidente eleito Donald Trump, disse o presidente-executivo da fabricante de aeronaves Airbus, Guillaume Faury, nesta quinta-feira.

Falando a repórteres como chefe da associação aeroespacial Gifas, da França, Faury também disse que as cadeias de suprimentos ainda não se recuperaram do impacto da pandemia.

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A Airbus deve anunciar ainda nesta quinta-feira que realizou 766 entregas em 2024, um aumento de 4% ano a ano, juntamente com uma desaceleração nos pedidos ante os recordes de 2023.

O setor enfrenta uma combinação de forte demanda aeroespacial e de defesa, exceto no setor espacial europeu, dificuldades na cadeia de suprimentos, tensões geopolíticas e crescente concorrência da Índia e de outros países, disse Faury.

Dias antes da posse de Trump, a indústria europeia está se preparando para uma mudança em direção ao protecionismo, que ainda não foi definida, mas que provavelmente será pronunciada, disse Faury.

Trump tem ameaçado impor tarifas sobre produtos estrangeiros como parte de uma agenda econômica para "colocar os Estados Unidos em primeiro".

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O setor aeroespacial europeu está se beneficiando da forte demanda por jatos comerciais e do aumento dos gastos com defesa, enquanto enfrenta excesso de capacidade e milhares de cortes de emprego no segmento de satélites.

Faury disse que as empresas de defesa europeias enfrentam o que ele descreveu como escassez injustificável de financiamento do setor bancário, devido à guerra na Ucrânia.

Após a invasão da Rússia na Ucrânia, o setor tem dito que a defesa deveria representar a maior porcentagem das carteiras, enquanto investidores focados em sustentabilidade na Europa permanecem contrários a essa ideia.

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