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Empresas investem em tecnologia antifraudes para datas de fim de ano

Em semestre com datas importantes para o varejo, fraudes preocupam as empresas

2 set 2024 - 06h00
(atualizado às 15h33)
Resumo
Projeção de aumento de 7% nas vendas no segundo semestre impulsionadas por datas comerciais. Aumento de fraudes gera necessidade de compartilhamento de dados e inteligência para combater golpes.
Danilo Coelho
Danilo Coelho
Foto: Flávio Moreti / Divulgação

Dados do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, já estão projetando um aumento de 7% nas vendas no segundo semestre deste ano, em parte, impulsionadas pelas efemérides comerciais do segundo semestre, como Dia dos Pais, Natal e Black Friday. Com o aumento das vendas, também há mais fraudes.

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Dados da Quod, por exemplo, mostram que, somente em maio de 2024, no Dia das Mães, mais de 80% dos casos de fraude reportados eram relacionados a Conta Corrente e, destes 54% foram realizados via Engenharia Social e 15% por falsidade ideológica.

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Danilo Coelho, diretor de produtos e dados da Quod, datatech que desenvolve inteligência de dados para qualificar a tomada de decisões no mercado, explica que as fraudes estão cada vez mais sofisticadas. 

“As tentativas de golpe andam em velocidade alta, tanto em quantidade de ataques, quanto em diversificação de tipos. Por isso, a inteligência de dados é essencial para as tomadas de decisões rápidas, pois permite que as empresas de varejo assumam riscos calculados, gerando assim previsibilidade das perdas, sem prejudicar o faturamento e a experiência do cliente", garante.    

Nesse mercado tomado pela rápida evolução da tecnologia, o compartilhamento desses dados é fundamental para compreender tendências que são utilizadas pelos fraudadores para cometerem crimes. Por isso, normas como a resolução número 6 do Banco Central, que preveem o compartilhamento de informações sobre suspeitas de fraudes entre instituições reguladas, são tão importantes. 

Em casos como o de engenharia social, fraudes muito comuns, essas informações podem ser a peça-chave para reconhecer novos procedimentos que tem como objetivo enganar tanto consumidores quanto empresas e alertar antes deles se tornarem práticas comuns dos criminosos. 

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“Desde a implementação do registro Unificado de Fraudes (Rufra) na Quod, por exemplo, já é possível observar um aumento de 1129% no número de vítimas reportadas e um aumento de 174% na quantidade de fraudadores reportados entre 2023 e 2024. Isso é causado pela maior disponibilidade de dados sendo trocados entre instituições, o que além do aumento no número de reports traz, consequentemente, um aumento nas fraudes observadas. Agora, há uma capacidade ainda mais robusta de monitoramento impulsionada pela maior disponibilidade de informações”, explica Danilo.  

Entretanto, só o dado bruto não é o suficiente. Além da base e do histórico é necessário poderio para realizar mais de centenas de milhões de consultas, mapeando procedimentos usados por golpistas com base em técnicas avançadas. É nesse cenário que entram as datatechs e a inteligência de dados. 

Com técnicas de Machine Learning, por exemplo, é possível usar essas informações para aprender padrões, alertando sobre a possibilidade de uma fraude antes dela acontecer.  

“Isso se torna importante, pois, com o desenvolvimento de metodologias cada vez mais sofisticadas por parte dos criminosos, é necessário um aprendizado constante para evitar que soluções se tornem obsoletas. Esse processo em tempo real e integrado à rotina economiza tempo e dinheiro dos negócios-alvo de atores mal-intencionados. Por esse motivo, a tecnologia é uma das principais armas contra fraudes”, finaliza Danilo.   

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(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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