Empresas envolvidas em investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, devem recorrer da decisão da Petrobras de impedi-las de assinar novos contratos com a estatal, de acordo com informações publicadas pela Folha de S. Paulo nesta quarta-feira.
Na segunda-feira, a petroleira informou que as 23 empresas citadas nas investigações não poderão participar de licitações ou fechar contratos por causa da suspeita de formação de cartel. A estatal também afirmou que poderá recorrer a companhias estrangeiras para manter seus investimentos.
Os contratos já firmados entre a Petrobras e as empresas envolvidas na Lava Jato não serão interrompidos, mas as companhias serão retiradas de licitações em andamento.
As empresas alegam que seus executivos ainda não foram julgados por tribunais federais nos processos já abertos e, por isso, não deveriam ser punidas, além de que veem a decisão da petroleira como jogada publicitária, para mostrar que não foi conivente com o conluio.
Considerando que a punição não tem base legal, a Galvão Engenharia pretende entrar na Justiça contra a Petrobras, segundo a Folha. Um executivo da Odebrecht disse que a empreiteira pretende se defender nas comissões internas.
Em nota ao jornal, a Andrade Gutierrez diz que vai se defender no processo interno e refuta as acusações de cartel.