O presidente em exercício Michel Temer não é o Rei Midas, mas já fez muitas ações brilharem na Bolsa. Entre 12 de maio e 21 de julho, o valor de mercado de 277 companhias listadas cresceu R$ 131,6 bilhões, passando de R$ 2,10 trilhões para R$ 2,24 trilhões, segundo a consultoria Economática.
O setor elétrico, composto por 31 empresas, foi o que mais se beneficiou com a mudança de governo, em termos de crescimento nominal do valor de mercado: R$ 28,2 bilhões, saindo de R$ 157,3 bilhões para R$ 185,59 bilhões. Em seguida, ficou o setor de óleo e gás, que se valorizou em R$ 21 bilhões. A grande parte dessa alta, R$ 19,65 bilhões, foi devida à Petrobras.
Mas nem todos estão festejando. Dos 24 setores listados pela Economática, quatro perderam valor desde o afastamento da presidente Dilma Rousseff. O mais prejudicado foi o de papel e celulose, representado por cinco empresas. Sua queda foi de R$ 9 bilhões.
Veja, a seguir, os setores que mais ganharam e perderam valor sob Temer:
Setor | Ganho/Perda de valor de mercado (R$ milhares) |
Energia Elétrica | 28.204.901 |
Petróleo e Gás | 21.019.079 |
Bancos | 18.617.888 |
Comércio | 15.613.937 |
Outros | 9.117.008 |
Mineração | 8.954.339 |
Telecomunicações | 8.179.504 |
Educação | 6.867.050 |
Transporte e Serviços | 6.480.814 |
Alimentos e Bebidas | 4.953.777 |
Seguradora | 3.373.511 |
Água e Esgoto | 3.212.715 |
Siderurgia e Metalurgia | 3.204.369 |
Software e Dados | 1.719.259 |
Locadora de Imóveis | 1.593.013 |
Eletroeletrônicos | 1.547.744 |
Têxtil | 1.204.748 |
Agronegócios e Pesca | 1.144.300 |
Construção | 954.963 |
Minerais Não-Metálicos | 19.019 |
Veículos e Peças | (293.386) |
Máquinas Industriais | (1.726.262) |
Química | (3.303.379) |
Papel e Celulose | (9.031.821) |
Total Bovespa | 131.627.093 |